Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Com três meses de coleta, Censo 2022 tem 66% da população contabilizada

    IBGE ainda enfrenta dificuldades na contratação de recenseadores e registra metade do número ideal de profissionais

    Pauline Almeidada CNN , no Rio de Janeiro

    A coleta de informações para o Censo 2022 completa três meses nesta terça-feira (1º), com 66% da população contabilizada. O diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, aponta que o maior desafio para a finalização do trabalho ainda é a contratação de recenseadores.

    Segundo Azeredo, idealmente, seriam necessários 183 mil profissionais, mas o IBGE ainda não conseguiu ultrapassar a barreira dos 120 mil em qualquer momento e, hoje, conta com cerca de 90 mil.

    “Nós tivemos dois processos seletivos simplificados cancelados em função da pandemia, em 2020 e outro agora em 2021. Isso acabou gerando uma certa desconfiança dos recenseadores”, declarou.

    O processo de contratação segue aberto, no site do IBGE. A falta de equipes mostra seus reflexos na contagem dos brasileiros, que deveria estar em fase de fechamento, mas teve a coleta prorrogada até o mês de dezembro.

    As consequências também são vistas na disparidade do andamento nos estados. No Piauí, por exemplo, 86% dos habitantes já foram contabilizados, 83% em Sergipe e 80% no Rio Grande do Norte. Já em São Paulo, a contagem está pouco acima de 50%, não alcançando esse índice em Mato Grosso.

    Azeredo afirma que os problemas no pagamento dos profissionais, tanto de salários quanto de ajuda de custo, relatados no início do censo, já foram resolvidos.

    Apesar do adiamento da finalização da coleta de informações até dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mantém para 28 de dezembro a data prevista para a entrega das informações preliminares do Censo 2022, como número de habitantes, pirâmide etária e gênero.

    Azeredo aponta que a modernização do processo, com a transmissão de informações em tempo real das equipes de rua até os analistas, vai permitir que o resultado da pesquisa seja conhecido mais rapidamente do que no último estudo, realizado em 2010.

    Taxa de recusa em 2,9%

    O trabalho nos cerca de 75 milhões de domicílios no país conta com uma taxa de recusa de 2,9%, segundo o IBGE. O diretor de Pesquisas do órgão relata o registro de problemas pontuais com síndicos e porteiros que impedem o acesso do recenseador aos moradores. Ele lembra que impedir o trabalho do servidor público é crime.

    Além disso, faz um apelo para que as pessoas participem do Censo 2022, realizado com dois anos de atraso por conta da pandemia e de problemas com o orçamento. Azeredo explica que a pesquisa é fundamental para direcionar o trabalho do poder público, como a distribuição de vacinas e remédios.

    “O que o censo vai trazer efetivamente para minha vida? A escola para o seu filho, o emprego que você precisa, hospital que você não tem na sua área. Como é que ele traz isso? Orientando política pública”, ressalta.

    Tópicos