Com rodízio mais rígido, índice de lentidão em SP volta a patamar de 1 mês atrás
Às 8h, por exemplo, o congestionamento registrado em São Paulo foi de 4 km, ante 21 km nas últimas duas segundas-feiras
Balanço parcial da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da Prefeitura de São Paulo com cruzamento de dados do aplicativo de celular Waze indicam que a adesão ao rodízio de placas pares e ímpares surtiu efeito. De acordo com avaliação interna da gestão Bruno Covas, a medida se mostrou bem-sucedida no primeiro teste — o horário de pico da manhã — e os indicadores respondem às críticas recebidas pelo prefeito de que a política seria exagerada ou sem eficácia.
Informações obtidas em primeira mão pela CNN apontam que o índice de circulação de veículos na primeira manhã de vigência das novas regras, nesta segunda-feira (11), voltou aos níveis registrados quatro semanas atrás.
Às 8h, por exemplo, o congestionamento registrado foi de 4 km, ante 21 km nas últimas duas segundas-feiras – na semana passada, a Prefeitura havia adotado a política de bloqueio em determinadas avenidas que provocaram lentidões e, por isso, foi extinta dois dias depois. Foi o nível mais alto do período entre 7h e 12h.
A título de comparação, nas duas primeiras segundas-feiras de março, anteriores às medidas de isolamento e distanciamento social, a lentidão às 8h foi de 215 e 220 km.
Menos carros, mais passageiros
O contraponto, apontado pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, foi a percepção de um aumento de passageiros no sistema de metrô e trem. O secretário, responsável pelas empresas estaduais de transporte sobre trilhos e de ônibus intermunicipais, lamentou em entrevista à CNN falta de diálogo prévio com a Prefeitura paulistana antes da adoção do rodízio extraordinário.
No próprio sistema de ônibus municipais também houve aumento de passageiros. De acordo com o secretário municipal de Transportes, Edson Caram, houve crescimento de 300 mil usuários no período da manhã, mas seria um saldo positivo se for levado em conta que cerca de 4 milhões de automóveis deixaram as ruas – a maioria deles costuma ser ocupada apenas pelo motorista.