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    Com nova previsão de tempestades, Guaíba pode ter “repique” e voltar a subir

    Lago conseguiu sair dos 5 metros de inundação nesta quinta-feira (9), mas pesquisadores alertam que chuva pode causar novo aumento

    Carolina Figueiredoda CNN

    O Lago Guaíba, que vem registrando recordes de cheia desde o início das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, pode sofrer um ‘repique’ e voltar a superar os 5 metros por conta das chuvas previstas para este final de semana, de acordo com pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    No início da tarde desta quinta-feira (9), o lago chegou a 4,95 metros, registrando pela primeira vez uma cota de inundação menor do que 5 metros desde o início da enchente histórica que afeta Porto Alegre. De acordo com a última atualização da prefeitura da capital gaúcha, o Guaíba estava com 4,74 metros na manhã de hoje (10).

    O lago atingiu sua máxima histórica no início deste mês, quando chegou a 5,33 metros. Na última terça (7), o Guaíba começou a apresentar estabilização e depois diminuição nos dados de inundação. Desde então, já houve uma queda de 24 centímetros no nível do lago.

    De acordo com os pesquisadores da UFRGS, caso a previsão de fortes ventos vindos do sul se confirme, o Guaíba pode sofrer uma elevação adicional de cerca de 20 centímetros. Caso as chuvas não se confirmem, a tendência é de que haja uma redução gradual, com o nível se mantendo acima de 4 metros por mais uma semana.

    A cota de inundação — que é o nível em que o lago transborda — é de 3 metros no Guaíba. Na grande cheia de 1941 foram necessários 32 dias para a descida do nível até 3 metros.

    Considerando a elevada duração prevista da cheia e a possibilidade de repiques, os pesquisadores recomendam atenção nas áreas de risco, à população desalojada e ações imediatas na busca de soluções para reestabelecimento de infraestruturas de serviços essenciais como abastecimento d´água e manejo de resíduos sólidos.