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    Com milhares de clientes ainda sem luz em SP, Enel diz não garantir volta de energia dentro do prazo nesta terça (7)

    Segundo a companhia, 107 mil clientes seguem sem energia na região metropolitana; Max Xavier Lins disse que a magnitude da chuva "não foi prevista"

    Bárbara BrambilaLeonardo Rodriguesda CNN , São Paulo

    O presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, não garantiu que a distribuição de energia será retomada na região de atendimento da companhia até o final desta terça-feira (7); ainda no final de semana, a empresa havia prometido que todos os reparos na rede elétrica seriam realizados até esta data.

    Questionado pelo âncora da CNN Márcio Gomes se a energia voltaria até o final desta terça, Lins afirmou que a companhia seguirá “trabalhando incessantemente” pelo restabelecimento do serviço, e não confirmou o cumprimento do prazo.

    A Enel é responsável por levar energia à capital paulista e outros 23 municípios na região metropolitana. Há registros de imóveis sem luz nessas cidades desde a chuva de sexta-feira (3), situação que se mantém para 107 mil clientes.

    Fora do previsto

    A magnitude do temporal de sexta “não foi prevista” pelos institutos de meteorologia, disse Lins. Ele alegou que a rede elétrica “sofreu fortemente os efeitos dessa tempestade”.

    Segundo o presidente, desde o início da falha no fornecimento, a Enel recorreu a equipamentos e eletricistas de suas áreas de concessão no Rio de Janeiro e no Ceará para realizar reparos na rede elétrica.

    Ação da prefeitura

    Na noite de segunda-feira (6), o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), disse em coletiva de imprensa que as concessionárias precisam ser responsabilizadas e “têm a obrigação de se preparar” para situações extremas como essa.

    Lins alertou para a proporção da queda de árvores durante o temporal e alegou que elas “pertencem ao município”, assim como sua poda e manejo.

    Ainda de acordo com ele, há regiões em que a Enel só poderá agir após a ação da administração pública para retirar as árvores.

    “O trabalho deve ser feito de forma integrada”, pontuou.

    Veja também: PM é baleado em protesto contra falta de luz em SP

    Apagão

    A falta de energia começou após a chuva de sexta e teve um pico no final de semana, quando 3,7 milhões de pessoas chegaram a ficar sem luz no estado, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que classificou a situação como “atípica”.

    A Enel foi notificada na segunda-feira (6) pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

    No mesmo dia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital se reuniram com representantes de distribuidoras de energia e outras autoridades para formular um plano de contingência para eventos extremos.

    Nesta terça, um protesto contra a falta de luz na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, terminou com um policial militar baleado.

    Além da Enel, o grupo CPFL Energia, que atende 234 municípios no interior e no litoral de São Paulo, informou na noite desta terça que 18.700 clientes seguiam sem energia.

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