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    ‘Com mais gado no Pantanal, desastre seria menor’, diz ministra da Agricultura

    Para Tereza Cristina, da Agricultura, acúmulo matéria orgânica seca contribuiu para incêndios

    Noeli Menezes, da CNN, em Brasília

    A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta sexta-feira (9) que se houvesse mais cabeças de gado no Pantanal, o desastre ambiental provocado pelas queimadas na região seria menor. 

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    “Aconteceu o desastre porque nós tínhamos muita matéria orgânica seca que, talvez, se nós tivéssemos um pouco mais de gado no Pantanal, isso teria sido um desastre até menor do que nós tivemos este ano”, disse a ministra durante audiência na Comissão Externa do Senado que acompanha a crise provocada pelos incêndios no bioma. 

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    Durante audiência , a ministra defendeu os pecuaristas de acusações de serem os responsáveis por iniciar os incêndios. Segundo ela, o pantaneiro sempre preservou o meio ambiente e, por isso, a região tem altos índices de conservação.

    Ainda de acordo com Tereza Cristina, o gado é importante para combater as queimadas porque come a matéria orgânica que pode ser potencialmente combustível para os incêndios. Para ela, no entanto, é preciso realizar estudos sobre atividades alternativas ao produtor pantaneiro.

    A ministra disse ainda temer medidas de longo prazo num momento emergencial, porque daqui uns quatro anos a situação pode ser outra. E alertou que, quando a chuva começar, as cheias podem ser outro desastre.  “Precisamos nos desvencilhar de preconceitos para nos debruçarmos sobre a ciência para encontrar as soluções para a situação”, disse. 

    Apesar da defesa da ministra, de acordo com agrônomos e biólogos, a teoria do “boi bombeiro” é um mito. Na prática, segundo especialistas, a técnica não existe e não funciona.

    Conselho da Amazônia

    Tereza Cristina disse que o Pantanal já está incluído no macrozoneamento ecológico e econômico da Amazônia. Por isso, continuou, a sugestão feita pela comissão ao presidente Jair Bolsonaro de incluir o bioma no Conselho Nacional da Amazônia Legal seria viável.

    “O Conselho da Amazônia estaria habilitado a incluir o bioma no seu escopo de atuação.” Mas afirmou que os senadores devem “amadurecer” a ideia com o presidente do conselho, o vice-presidente Hamilton Mourão.

     

     

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