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    Colapso em mina: moradores de Maceió fazem protesto contra a Braskem

    Manifestantes pedem que empresa pague indenização e realoque famílias que vivem perto das minas de sal-gema

    Carolina Figueiredoda CNN

    Em São Paulo

    Moradores do bairro Bom Parto e do conjunto Flexal do Bebedouro, em Maceió (AL), realizaram na manhã desta quarta-feira (6) um protesto em uma das principais vias da capital alagoana, a avenida Fernandes Lima.

    Eles pedem que a Braskem pague indenização e ofereça outro lugar de moradia para as famílias que ainda vivem nas áreas próximas às minas de exploração da sal-gema na cidade.

    A mina 18 da petroquímica, na região do Mutange, está sob risco de colapso desde a semana passada. As áreas ao redor do local foram interditadas e moradores precisaram deixar suas casas.

    Os manifestantes carregaram cartazes com críticas à Braskem e seguiram até o Palácio do Governo de Alagoas, na área central da cidade. A prefeitura de Maceió informou que acompanhou o protesto, que foi pacífico. Duas faixas da avenida Fernandes Lima chegaram a ser bloqueadas.

    Em nota à CNN, a Braskem afirmou que desenvolve desde 2019 ações em Maceió com foco na segurança das pessoas e na implementação de medidas amplas e adequadas para mitigar, compensar ou reparar impactos decorrentes da desocupação de imóveis nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol.

    “As iniciativas, acordadas com autoridades federais, estaduais e municipal, abrangem diversas medidas como a realocação preventiva e compensação financeira das famílias; ações sociourbanísticas e ambientais; apoio a animais; zeladoria nos bairros; monitoramento do solo e fechamento definitivo dos poços de sal. Em relação à indenização de moradores e comerciantes realocados, 99,8% das propostas de compensação financeiras foram apresentadas e mais de 93% pagas. A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica”, completa a nota.

    Entenda o caso

    A Prefeitura de Maceió decretou situação de emergência, na última quarta-feira (29) por risco iminente de colapso de uma mina da petroquímica Braskem na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.

    Segundo o governo do estado, houve cinco abalos sísmicos na área no mês de novembro, e o possível desabamento poderia ocasionar a formação de grandes crateras na região.