Colapso de mina em Maceió: solo em área afetada afunda 2,6 cm por hora, diz Defesa Civil
Em nota, órgão informou está em "alerta máximo" e que o deslocamento vertical acumulado na área da mina é de 1,42 metro
A Defesa Civil de Maceió afirmou nesta sexta-feira (1º) que a área ao redor da mina 18 da Braskem, que está em risco iminente de colapso, está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora.
Em nota, o órgão informou estar em “alerta máximo” e que o deslocamento vertical acumulado na área da mina é de 1,42 metro.
Mais cedo, o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), afirmou à CNN que, em alguns momentos, o afundamento chegou a 5 centímetros por hora.
Segundo comunicado da Defesa Civil, a recomendação é que a população não transite na área desocupada até uma nova orientação, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas. O órgão reitera a recomendação de evitar a área desocupada do antigo campo do CSA por questões de segurança.
O que diz a empresa
Em nota divulgada nesta sexta, a Braskem diz que “continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18” e “tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências”.
“Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”, acrescenta a companhia.
A empresa diz ainda que “a área de serviço da Braskem nas proximidades da mina 18 está isolada desde a tarde de terça-feira. Ademais, a região onde está localizada referida mina (área de resguardo) já está totalmente desocupada desde 2020”.
A Braskem acrescenta que “a extração de sal-gema em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019, e a Braskem vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025”.