Cidades do RJ se unem para restringir circulação de pessoas durante superferiado
Nota do Cosems apoia medidas mais rígidas de Eduardo Paes, que teve queda de braço com o governador em exercício, Cláudio Castro
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems) apoiou, nesta quarta-feira (24), a decisão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), sobre a paralisação de todas as atividades não essenciais durante o “superferiado”, que acontece entre 26 de março e 4 de abril.
A decisão é uma tentativa dos 92 municípios para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.
Ao apoiar medidas mais rígidas propostas por Paes, os prefeitos dos municípios do Rio divergem do governador em Exercício, Cláudio Castro (PSC), sobre o funcionamento de bares e restaurantes.
Apesar do decreto estadual liberar a atividade dos estabelecimentos durante o feriado, uma emenda acrescentada ao projeto determina que municípios têm autonomia para decretar medidas de isolamento social.
A ação conjunta dos 92 municípios localizados no Rio de Janeiro também conta com o apoio da Associação de Municípios do Estado do Rio de Janeiro (Aemerj). Para os representantes das instituições, o cenário é de “extrema gravidade”.
“Prefeitos, Secretários, líderes empresariais, comunitários e religiosos: é hora de decisão para salvar vidas, como única possibilidade de resgate do desenvolvimento do estado, das atividades econômicas, da garantia de emprego e renda e de segurança social para toda população do estado”, destaca a nota.
O presidente da Aemerj, Luiz Antônio da Silva Neves, afirmou à CNN que é necessário “restringir a circulação de pessoas” durante os 10 dias de restrições no estado para reduzir a propagação da Covid-19.
“Nossa orientação é para que se verifique toda atividade que possa gerar pequenas ou grandes aglomerações. Então atividades como bares, devem ser paralisadas nesses dias, ou escolas, por exemplo”, disse o presidente da Aemerj.
O “superferiado” foi aprovado, nesta terça-feira (23), pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A decisão saiu em uma publicação extra do Diário Oficial. A votação do projeto de lei foi simbólica e apenas 5 dos 70 deputados foram contra.