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    Chuvas no RS: como funcionam as bombas que estão ajudando a esvaziar inundações

    Equipamentos emprestados de companhias de água e produtores de arroz fazem o trabalho dos equipamentos que ficaram inoperantes

    Bombas de água são utilizadas mas inundações no RS
    Bombas de água são utilizadas mas inundações no RS Julio Ferreira / Prefeitura de Porto Alegre

    Pedro Duranda CNN

    Cerca de 100 bombas de propulsão de água podem ajudar as cidades gaúchas a enfrentarem a maior inundação da história do estado. Os equipamentos estão sendo alugados e emprestados pela Sabesp, pela Casan, pela Corsan, por empresários e por produtores de arroz.

    A capacidade das bombas varia de acordo com sua potência. As bombas emprestadas de arrozeiros são usadas para irrigar a plantação. Duas já foram instaladas, uma como capacidade de bombear 500 litros de água por segundo e outra com capacidade de escoar 800 litros por segundo, ambas em Porto Alegre. Mas há bombas menores, com capacidade de 80 litros por segundo.

    Uma reunião vai ser realizada às 11h da manhã desta segunda-feira (20), para acertar o envio de novas bombas. O setor afirma ter até 50 equipamentos para ajudar a aliviar inundações e vai acertar a instalação com o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) da capital gaúcha. Também na manhã desta segunda-feira, autoridades de Canoas vão se reunir com os produtores rurais.

    Já as bombas emprestadas pela Sabesp são mais potentes, chegam a bombear 2,5 mil litros de água por segundo. Elas têm 4 metros de largura e 4 metros de comprimento. O duto de saída tem 60 milímetros de diâmetro. Embaixo, dois pontos de sucção retiram a água do local onde são colocadas as estruturas. Veja na imagem:

    Bomba flutuante, como as emprestadas pela Sabesp ao Rio Grande do Sul / Reprodução

    A vantagem das bombas da Sabesp é o fato de serem flutuantes, sem necessariamente precisarem de uma estrutura fixa, o que permite que elas sejam instaladas em áreas inundadas com mais facilidade.

    Ao todo, a companhia paulista prometeu entregar 19 bombas aos municípios gaúchos. Destas, nove vão para Porto Alegre, oito para Canoas e uma última para Novo Hamburgo.

    O maior desafio é o fato de as bombas serem ligadas à energia elétrica. Justamente por isso, não bastam que sema apenas instaladas isoladamente, precisam de um gerador próximo, que alimente a estrutura.

    Nisso as bombas da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), emprestadas à Canoas, têm vantagem. Elas são movidas à óleo diesel e tem um motor próprio, não sendo necessária a conexão com a rede elétrica.

    Os dutos também têm medidas diferentes. Os canos que saem das bombas da Sabesp chegam a cerca de 40 metros. Os das bombas dos arrozeiros são mais curtos, com dois ou três metros de extensão. Os engenheiros do Dmae estudam fazer conexões que possam prolongar os canos.

    A geografia de Canoas também é um desafio. “Há locais com água represada, que não vai sair pela gravidade. Vamos precisar tirar de forma mecânica, mas o acesso aos locais não é favorável. Nesta segunda vou fazer uma vistoria com a nossa equipe pra mapear essas áreas e pensar nas alternativas”, disse à CNN o secretário de Obras de Canoas, Guido Bamberg.

    A cidade alugou bombas de vários fornecedores do Brasil e até da Argentina. As importadas devem chegar na próxima quarta-feira (22/5) de Buenos Aires. Os equipamentos alugados têm capacidade de bombear de 500 a 3 mil litros por segundo.

    As cerca de 100 bombas fazem o papel das casas de bombas das cidades, danificadas pelas inundações. Porto Alegre conta com 23 casas de bombas, das quais apenas nove estão operando. Canoas tem oito, mas seis foram danificadas.

    A expectativa da prefeitura é religar nesta segunda-feira a casa de bombas número 8, que tem uma vazão de 7,5 mil litros por segundo.

    A estrutura permanente das cidades foi construída para ajudar a evitar enchentes, mas o volume de chuvas fez com que essa estrutura não respondesse devidamente, uma vez que parte foi desligada por riscos de curto circuito e outra parte acabou inundada, perdendo o efeito.

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