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    Chegada de gafanhotos depende da temperatura e do vento, diz agrometeorologista

    Segundo João Castro, essas pragas gostam de temperaturas elevadas e tempo seco

    Da CNN, em São Paulo

    O agrometeorologista João Castro, da Climatempo, falou em entrevista à CNN nesta quinta-feira (25) sobre o surto da praga Schistocerca cancellata, espécie de gafanhotos que se aproxima, em nuvem, do território brasileiro. 

    “São insetos e, em sua maioria, gostam de temperaturas elevadas e tempo seco. Esses gafanhotos vieram do Paraguai, cruzaram o norte da Argentina e estavam se aproximando da fronteira com o Rio Grande do Sul. Isso aconteceu por conta do vento e do calor”, explicou.

    A baixa temperatura na região, porém, reduz drasticamente o metabolismo dos gafanhotos. Segundo Castro, o que se espera é que com a frente fria e a mudança nas condições do vento os insetos fiquem em estado de “dormência” e sigam para outro rumo. 

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    Segundo o agrometeorologista, esse fenômeno não é uma grande novidade. “Esses desiquilíbrios ecológicos ocorrem de maneira mais pontual. Em janeiro houve uma infestação extremamente severa na África, que causou preocupação sobre a questão da segurança alimentar dos países no continente que dependem daquela agricultura de subsistência”, falou.

    Caso as pragas cheguem ao Brasil, o especialista explicou que uma grande operação organizada de pulverização em aérea agrícola é uma das formas para combatê-las. “Mas é uma questão bastante complexa e com restrições”, disse.

     

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