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    Chefe da polícia do RS nega perseguição a Nego Di: “a prova é técnica”

    Em entrevista à CNN, Fernando Sodré também disse entender a decepção do público com os crimes cometidos

    Bruno LaforéGuilherme Gamada CNN

    O chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré, negou que haja uma perseguição em curso contra o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, preso no último dia 14 por suspeita de estelionato.

    “Existe uma narrativa nas redes sociais dizendo que é uma perseguição política, que [a investigação] foi fruto dele ter se manifestado contra governos, etc. Na verdade não tem nada disso, a prova é técnica. No caso da primeira investigação, começou em 2002, não tinha nenhum tipo de manifestação em caráter político-partidário por parte dele. Começou em 2022, logo depois do Big Brother. Terminou em 2023, não se falava em enchente, não se falava nada disso”, afirmou Sodré em entrevista à CNN na manhã desta terça-feira (23).

    O humorista gaúcho ficou conhecido nacionalmente ao participar da 21ª edição do reality show da TV Globo.

    O delegado diz, ainda, que entende a decepção popular. “Muitas pessoas se identificavam com ele, até pela origem humilde e por ter conseguido um destaque pessoal, mas infelizmente a gente é obrigado a dizer que não temos a menor dúvida que ele entrou num processo indevido, ilícito”, pontuou.

    A entrevista ocorre um dia após a prisão do sócio do influenciador gaúcho, Anderson Bonetti, que teve um mandado de prisão expedido pela Justiça juntamente a Nego Di, mas era considerado foragido.

    Bonetti foi localizado na cidade de Bombinhas, em Santa Catarina, e levado pelos agentes gaúchos até o Rio Grande do Sul, onde permanece à disposição da Justiça.

    Nego Di e Anderson Bonetti são investigados por 370 crimes de estelionato e devem ser indiciados pela polícia. A investigação aponta que eles aplicaram um golpe com produtos fantasmas — ou seja, que não existiam de fato — a centenas de pessoas.

    Os itens eram vendidos em uma loja chamada “Ta di zuera”. Em vídeos publicados nas próprias redes, Nego Di dez ser dono do estabelecimento.

    A fama de Dilson foi crucial para atrair potenciais vítimas, segundo os investigadores. Conversas de Whatsapp mostram falsas promessas de reembolso feitas pelo comunicador.

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