Cerrado e caatinga recebem projetos ecossociais
Iniciativas combatem desmatamento e promovem uso sustentável da biodiversidade em biomas ameaçados, integrando comunidades locais e práticas tradicionais
O Cerrado e a Caatinga, dois dos mais importantes biomas brasileiros, estão em risco de desaparecimento.
Diante dessa ameaça, projetos ecossociais estão sendo implementados para combater o desmatamento e outras práticas prejudiciais a esses ecossistemas.
O Cerrado, segunda maior formação vegetal do país, e a Caatinga, um ecossistema exclusivamente brasileiro, são fundamentais para o equilíbrio ambiental do Brasil.
No entanto, ao longo dos anos, diversas práticas têm agravado a degradação desses biomas, sendo o desmatamento atualmente a principal ameaça.
Especialistas alertam para a interconexão entre os biomas brasileiros. “A Amazônia depende da conservação do Cerrado, a Mata Atlântica também depende da conservação da Caatinga. Todos os ecossistemas são integrados, a água que nasce em um vai para o outro”, explica um dos pesquisadores envolvidos nos projetos.
Os projetos ecossociais buscam soluções ambientais que incluem a manutenção das funções ecológicas e a promoção do uso sustentável da biodiversidade.
Um aspecto crucial desse trabalho é a colaboração com povos tradicionais e agricultores familiares da região.
Manejo do fogo e legislação
Uma das questões abordadas pelos projetos é o manejo do fogo, uma prática tradicional que, quando mal executada, pode causar graves incêndios.
A recente aprovação de um projeto de lei visa integrar a visão sobre o uso do fogo, permitindo seu uso como ferramenta de manejo em contextos específicos, enquanto busca evitar incêndios descontrolados.
“A importância da aprovação desse projeto de lei recentemente é para que a gente possa avançar nessa integração da visão sobre o uso do fogo, evitando os incêndios, mas permitindo que ele possa ser usado como uma ferramenta de manejo em alguns contextos específicos”, afirma um dos coordenadores dos projetos.
Potencial econômico sustentável
Além da preservação ambiental, os projetos também destacam o potencial econômico sustentável desses biomas.
“Os ecossistemas naturais, o Cerrado e a Caatinga, eles possuem uma diversidade biológica gigante e que é um supermercado de produtos”, ressalta um dos especialistas.
A diversidade de produtos que podem ser coletados, processados e comercializados oferece oportunidades de geração de renda para as comunidades locais, promovendo inclusão social e conservação ambiental simultaneamente.
Os projetos buscam estimular essas cadeias produtivas sustentáveis, criando um modelo de desenvolvimento que beneficia tanto a natureza quanto as populações que dependem desses biomas.
