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    Cerimônia marca reconstrução da fachada e do telhado do Museu Nacional

    Ações de recuperação do museu também estão voltadas para reposição do acervo, que já teve 20 milhões de itens

    Isabelle SalemeCamille Coutoda CNN , No Rio de Janeiro

    Uma cerimônia marcou, nesta sexta-feira (12), o início da reforma da fachada e de parte do telhado do Museu Nacional, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro. Nessa fase, um dos blocos passará pelos trabalhos e a expectativa é que toda a estrutura do museu tenha sido restaurada até 2026.

    A reconstrução ficará sob responsabilidade do “Projeto Museu Nacional Vive”, que reúne instituições brasileiras e internacionais empenhadas na reconstrução do museu, com apoio da Unesco e do Instituto Cultural Vale.

    As obras, foram iniciadas em setembro deste ano, três anos após o incêndio que consumiu o Palácio de São Cristóvão e destruiu boa parte do acervo do que já foi um dos maiores museus de história natural do mundo.

    A reconstrução custará, ao todo, R$ 380 milhões, e pouco mais de R$ 244 milhões já foram captados. Além da recuperação da estrutura, haverá também a reposição do acervo, que chegou a ter chegou a ter 20 milhões de itens. As peças serão distribuídas em quatro circuitos voltados para exposições sobre história, universo e vida, diversidade cultural e ambientes brasileiros.

    Entre as peças, uma das mais importantes do museu, o meteorito Bendegó, ainda está no no local e resistiu ao desastre. Com mais de cinco mil quilos, ele foi colocado em uma proteção para evitar danos durante as obras.

    Na campanha de recomposição do acervo, algumas peças já foram doadas. O diplomata aposentado do Itamaraty Fernando Cacciatore, doou 27 peças greco-romanas; o pesquisador Wilson Savino contribuiu com uma coleção etnográfica africana; o indígena Tonico Benites doou ao museu uma coleção etnográfica indígena; e o músico Nando Reis doou uma coleção de moluscos.

    História do Museu Nacional

    Criado por Dom João VI, Rei de Portugal, em 1818, o museu inicialmente era localizado no Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro. Em 1892, foi instalado no Palácio de São Cristóvão, antiga residência da Família Real portuguesa. Em seus 200 anos, o Museu Nacional chegou a ter 20 milhões de itens guardados em seu acervo.

    No dia 2 de setembro de 2018, no entanto, grande parte das peças foi consumida pelo fogo, que destruiu o prédio.

    Ainda não se sabe quantos dos itens do acervo foram resgatados, mas, de acordo com a UFRJ, responsável pelo Museu, 5 mil lotes, com números de peças variados, estão com restauradores. Entre elas, todos os fragmentos da Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado em território nacional.

    De acordo com a Polícia Federal, que investigou as causas do incêndio, o acidente foi causado por um problema no aparelho de ar-condicionado, no Auditório Roquette Pinto, no primeiro andar, bem próximo à entrada principal do museu.

    A hipótese de que o incêndio tenha sido criminoso foi descartada pelos investigadores, assim também como uma eventual omissão dos gestores.

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