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    Parasita que pode infectar humanos é detectado em onças do Pantanal

    Estudo da Unesp revela presença de Spirometra spp. nos felinos, um parasita que causa a esparganose

    Mariana Grassoda CNN*

    Um estudo recente da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revelou a presença do parasita Spirometra spp., que pode causar esparganose em humanos, em onças-pintadas do Pantanal. A esparganose é uma doença parasitária que, embora rara, pode causar graves complicações de saúde.

    Os pesquisadores analisaram um total de 40 amostras de fezes de onças durante o estudo. “Os resultados indicaram uma alta prevalência do parasita. Cerca de um terço das amostras testou positivo, o que é bastante”, avalia Felipe Fornazari, professor assistente-doutor na área de zoonoses na FMVZ e orientador do trabalho de mestrado de Raad.

    De acordo com o estudo, a esparganose manifesta-se de diversas formas em humanos. A infecção ocorre pela ingestão de água contaminada com copépodes ou carne mal cozida de hospedeiros intermediários, como anfíbios e répteis.

    As larvas alojam-se no tecido subcutâneo, formando nódulos, e em casos graves, atingem músculos, olhos e sistema nervoso central, causando dor, inflamação, convulsões e cegueira.

    A forma rara e agressiva, a esparganose proliferativa, leva à multiplicação e disseminação das larvas por múltiplos órgãos.

    O diagnóstico é feito por exames de imagem ou remoção cirúrgica da larva, com confirmação laboratorial. A prevenção inclui consumo de água filtrada ou fervida e carne bem cozida.

    Embora a esparganose seja uma doença grave, a morte por essa infecção é considerada rara. No entanto, complicações podem surgir, principalmente em casos onde o parasita atinge o sistema nervoso central.

    O parasita não afete significativamente as onças, em animais que atuam como hospedeiros definitivos do parasita, o patógeno se desenvolve em seu intestino e é excretado nas fezes.

    A descoberta, resultado do mestrado do médico-veterinário Paul Raad, identificou o parasita em amostras fecais de onças coletadas entre 2022 e 2024 na Fazenda Piuval, em Mato Grosso, por meio de sequenciamento genético.

    *Sob supervisão

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