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    Ceará amplia uso da cloroquina contra COVID-19; médico explica tratamento

    O infectologista Keny Colares disse que é difícil interpretar resultados do uso de cloroquina e hidroxicloroquina contra o novo coronavírus

    Terceiro estado com mais casos confirmados do novo coronavírus, o Ceará começou a ampliar o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a principal regra é que o paciente deve estar consciente do uso da medicação 

    À CNN, o infectologista Keny Colares, do Hospital São José de Doenças Infecciosas, explicou como tem sido feito o tratamento desses pacientes no estado. “A orientação é que é a essa prescrição seja feita em comum acordo com o paciente. Ele precisa saber que está utilizando uma medicação que é experimental e que não está completamente comprovada sua a sua eficácia”, esclareceu.

    Contudo, Colares afirmou que usar o medicamento desta forma dificulta a interpretação de informações sobre sua eficácia. “Os resultados obtidos com isso são difíceis de interpretar fora do estudo clínico, que tem toda uma forma de organizar para chegar a essas conclusões”, diz ele. “Alguns pacientes parecem melhorar dos seus sintomas e fica aquela dúvida: será que ele já não melhoraria? Já 80% das pessoas melhoram espontaneamente”.

    Segundo ele, por outro lado, há pacientes que apresentam evolução positiva enquanto outros, apesar do tratamento, não resistem. “Outras pessoas melhoram, mas utilizaram essa medicação e outras medicações combinadas e a gente fica com dificuldade de saber qual foi a que causou a melhora. Outros pioram, apesar da medicação, e, inclusive, alguns vão a óbito”, informou.

    Por isso, a conclusão dele é que “é cedo” para emitir conclusões, mas a cloroquina e hidroxicloroquina serão administradas da maneira mais adequada. “Talvez somente os estudos e pesquisas vão apontar se as medicações são realmente efetivas e seguras. Até lá, a gente vai usar da melhor forma possível”, finalizou. 

    O Ceará tem 2.005 casos confirmados e 107 mortes registradas, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, atualizados às 18h de terça-feira (14). 

     

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