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    Casos prováveis de dengue crescem quase 40%, aponta Ministério da Saúde

    De julho de 2023 a janeiro deste ano, foram registrados 127 óbitos pela doença. 164 óbitos estão sob investigação

    Dengue: doença é uma das transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti
    Dengue: doença é uma das transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti Joao Paulo Burini/Getty Images

    Guilherme Gamada CNN*

    São Paulo

    De julho de 2023 a este ano, foram registrados 305.190 casos prováveis de dengue — cerca de 150 casos para cada 100 mil habitantes em todo o Brasil. Em comparação com o mesmo período do monitoramento nos anos anteriores, o aumento é de 38,2% no número de casos, segundo dados do Ministério da Saúde.

    Apenas em 2024, até 17 de janeiro, foram registrados 55.859 casos prováveis de dengue, cerca de 27,5 casos por 100 mil habitantes, e seis óbitos foram confirmados.

    As regiões que concentram as maiores incidências são Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Já entre as unidades da federação, Distrito Federal, Espírito Santo, Acre e Goiás apresentam as maiores incidências.

    No total, foram registrados 127 óbitos, com o maior número de óbitos e casos graves concentrados nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente. São 3.841 casos graves e com sinais de alerta da doença e uma letalidade de 3,3%.

    Neste período, foi identificada a circulação dos quatro sorotipos do vírus dengue (do subtipo 1 ao 4), com predominância, até o momento, do DENV1, a dengue subtipo 1, em 17 unidades da federação. Quase 4 mil municípios tiveram casos confirmados.

    Foi observada a inversão se sorotipos da dengue subtipo 1 para dengue subtipo 2 nos estados da Região Centro Oeste, Tocantins, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.

    O Ministério da Saúde informa que o número de casos prováveis de dengue no Brasil no monitoramento 2023/2024 encontra-se fora dos limites do canal endêmico, considerando a série histórica.

    Confira algumas dicas para manter sua casa protegida do mosquito da Dengue:

    • Manutenção e controle da água parada
    • Remova todos os recipientes que possam acumular água em sua propriedade, como vasos, pratos, pneus velhos, garrafas e latas vazias.
    • Esvazie piscinas sem uso regularmente.
    • Certifique-se de que as caixas d’água estejam bem vedadas, sem frestas que possam permitir a entrada de mosquitos.
    • Adicione cloro em piscinas e outros produtos para evitar o desenvolvimento das larvas.

    Cuidados em áreas comuns

    • Instale telas em portas e janelas para impedir a entrada dos mosquitos adultos.
    • Mantenha o quintal limpo, eliminando folhas e detritos que possam acumular água.
    • Coloque uma camada de areia nos vasos de plantas para evitar o acúmulo de água e criar uma barreira contra a reprodução do mosquito.
    • Faça inspeções regulares em sua propriedade para identificar e eliminar potenciais criadouros.
    • É fundamental adotar práticas de prevenção contínuas para interromper o ciclo de vida do Aedes aegypti

    Além disso, vale mencionar que no fim de dezembro, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil passa a ser o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, o imunizante já está disponível em clínicas privadas deste julho do ano passado.

    *Com informações de Ana Beatriz Dias