Caso Victor Meyniel: porteiro indiciado por omissão de socorro faz acordo na Justiça
Gilmar Agostini fez uma transação penal com o MP-RJ e terá que pagar um salário mínimo para o Instituto Nacional de Câncer


O porteiro Gilmar José Agostini, indiciado por omissão de socorro no caso de agressão ao ator Victor Meyniel, realizou uma transação penal com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), e terá que pagar uma multa para encerrar o processo na Justiça.
A audiência aconteceu na terça-feira (17), e decretou que Gilmar pagará um salário mínimo, dividido em quatro parcelas mensais, para o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A concessão do benefício pelo Ministério Público é prevista por lei em casos em que o acusado cometeu infrações de menor gravidade, como a omissão de socorro em situações que não resultam em morte.
A pena estabelecida para ocorrências desse tipo é uma possível detenção de um a seis meses ou a multa. O réu, por ser considerado primário e não possuir antecedentes criminais, foi elegível para o acordo.
Em nota à CNN, a defesa de Victor Meyniel afirma que “esse é apenas o primeiro passo em direção ao restabelecimento da Justiça”.
Relembre o caso
O ator Victor Meyniel, de 26 anos, foi agredido na portaria de um prédio em Copacabana pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, preso em flagrante.
Meyniel e Alexandre se conheceram em uma boate e foram para o apartamento do estudante de medicina, segundo depoimento do ator. A amiga que dividia apartamento com o acusado chegou em seguida.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, após a chegada da outra moradora do imóvel, Yuri alterou seu comportamento e começou a agredir Meyniel.
O estudante deu socos no rosto e na boca de Victor já na portaria do prédio — as agressões foram gravadas por uma câmera de segurança que também registrou a omissão do porteiro que assistiu ao espancamento sem se mover.
O delegado responsável pelo caso afirma que as agressões físicas foram motivadas por homofobia, tese negada pela defesa do agressor.