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    Caso sinhazinha do Boi já tem 5 presos e 11 crimes investigados; entenda

    Pelo menos três delegacias estão envolvidas na investigação que passa pela morte da mulher que foi personagem importante do festival de Parintins

    Pedro DuranHallyme Ximendesda CNN , São Paulo

    O inquérito sobre a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido investiga dez crimes envolvendo familiares de Djidja Cardoso e funcionários de um salão de beleza e de uma clínica veterinária.

    Além do homicídio com dolo eventual da influenciadora, há ainda a apuração de crimes relacionados ao tráfico de drogas, cárcere privado e aborto.

    Na tarde dessa sexta-feira (31/5) a polícia prendeu a quinta pessoa apontada como participante de um esquema ilegal que envolvia uma seita religiosa e o uso de anestésico de cavalos para fins alucinógenos.

    A CNN obteve acesso ao inquérito de 238 páginas sobre a morte da antiga personagem do festival de Parintins. Ele traz uma série de depoimentos de pessoas relacionadas com o grupo, além de fotos e vídeos que mostram a ketamina, ou cetamina, substância usada como anestésico para animais de grande porte.

    Os investigadores já recolheram provas que apontam para um esquema ilegal que envolvia uma seita familiar, um salão de beleza e uma clínica veterinária.

    Os indícios apontam para que a ex-sinhazinha era membro de uma espécie de grupo religioso que a intitulava “Maria Madalena”. O irmão dela seria “Jesus” e a mãe dos dois, a figura de “Maria”.

    O irmão e a mãe de Djidja foram presos, assim como outros três funcionários — uma gerente, um maquiador e uma maquiadora — do salão de beleza da família. Ao todo, cinco pessoas estão detidas pela participação no esquema.

    Contra o irmão de Djidja, Ademar Farias Cardoso Neto, há várias acusações. Ele teria sido responsável pelo estupro, cárcere privado, sequestro e aborto de uma namorada, que também foi envolvida nas ações da seita “Pai, Mãe e Vida”. A CNN tenta contato com a defesa de Ademar.

    Como a ketamina é uma substância de uso restrito para veterinários, a clínica que supostamente fornecia o item para a seita também está sendo investigada.

    Neste caso, há o crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Os policiais incluíram também no inquérito os crimes de tráfico e associação ao tráfico.

    Contra os supostos líderes da seita, mãe e irmão de Djidja, há ainda acusações de charlatanismo e curandeirismo. Basicamente, o inquérito estava avançado pois o tráfico do anestésico de cavalos já estava sendo investigado. A morte de Djidja só teria acelerado esse processo.

    Veja abaixo a lista de crimes investigados:

    1. homicídio com dolo eventual
    2. tráfico de drogas
    3. associação para o tráfico
    4. perigo para a vida ou saúde de outrem
    5. falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais
    6. aborto provocado sem consentimento da gestante
    7. estupro de vulnerável
    8. charlatanismo
    9. curandeirismo
    10. sequestro e cárcere privado
    11. constrangimento ilegal

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