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    Caso Porsche: promotora volta a pedir prisão de motorista envolvido em colisão em SP

    Decisão da Justiça havia indeferido prisão preventiva de Fernando Sastre que bateu em carro e deixou um motorista de aplicativo morto

    Catarina Nestlehnerda CNN*

    A Promotoria de Justiça de São Paulo voltou a pedir a prisão de Fernando Sastre, empresário envolvido em acidente com um Porsche que deixou um motorista de aplicativo morto, na zona leste de São Paulo.

    A promotora de Justiça, Monique Ratton, ajuizou uma medida cautelar pedindo que que a Justiça acate o recurso apresentado contra a decisão que indeferiu a prisão preventiva do motorista do carro de luxo.

    Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a magistrada levou em conta as condutas anteriores e o risco de influência de testemunhas.

    “Além de o caso preencher os requisitos autorizadores da prisão preventiva, existe por parte do acusado ato de influência no depoimento de testemunha, constatado após a disponibilização das gravações das imagens policiais”, afirmou.

    O MPSP explicou que a citação faz referência à namorada do motorista, que deu depoimento com informações idênticas àquelas apresentadas pela mãe do acusado.

    O recurso ressalta ainda que o Fernando Sastre figura em outros dois boletins de ocorrência envolvendo acidentes automobilísticos e em um desses registros consta a informação de que ele atingiu dois motociclistas com seu veículo.

    Denúncia

    A promotora denunciou o condutor do Porsche, no dia 29 de abril, por homicídio doloso qualificado, ou seja, quando há motivo fútil e o agente quis ou assumiu o resultado. A pena pode ser de 12 a 30 anos de reclusão.

    Além disso, Fernando Sastre foi denunciado por lesão corporal gravíssima, que pode elevar a pena total em um sexto. Ambas as denúncias foram feitas na modalidade de dolo eventual, quando o autor quer o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.

    Até 25 de abril, a Polícia Civil de São Paulo chegou a pedir pela terceira vez a prisão de Sastre após o indiciamento do empresário por homicídio com dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente.

    Relembre o caso

    O empresário dono de um Porsche, Fernando Sastre, se envolveu em uma colisão com um Sandero, quando dirigia o carro a 156 km/h, na madrugada de 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, Zona Leste de São Paulo.

    O choque entre os dois veículos causou a morte de um motorista de aplicativo e ferimentos gravíssimos na vítima que ia no banco de passageiros do carro de luxo.

    A mãe do empresário teria ido ao local do acidente e falado que levaria o filho para um hospital para tratar um suposto ferimento leve na boca. A polícia chegou a ir ao hospital informado e não encontrou registro de entrada do empresário no hospital para onde a mulher disse que o levaria.