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    Caso Jeff Machado: suspeitos de matar o ator se tornam réus na Justiça

    Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga são acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver

    Da CNN

    A Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia do Ministério Público (MP) contra os dois homens suspeitos de terem assassinado o ator Jeff Machado em janeiro deste ano. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga agora são réus por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

    A informação foi confirmada nesta segunda-feira (31) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A Justiça também converteu a prisão temporária da dupla para preventiva.

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    Segundo informações do processo, Bruno Rodrigues teria destruído aparelhos e chips telefônicos e entrado em contato com testemunhas para influenciar seus depoimentos na polícia.

    “Relevante ressaltar, ainda, as declarações do denunciado Jeander, nas quais admite sua participação no homicídio de Jefferson e confirma a tentativa de eliminação de provas. A tentativa de influência nas declarações das testemunhas evidencia a necessidade de preservação da fonte testemunhal de prova, com a garantia de um ambiente de tranquilidade, livre de qualquer influência ou temor que certamente seria impossível garantir, senão pela manutenção de sua custódia cautelar”, diz a decisão da Justiça do Rio.

    O Ministério Público havia apresentado na sexta-feira (28) a denúncia contra Bruno e Jeander. De acordo com a Promotoria, Bruno misturou substância entorpecente na bebida do ator antes de o trio ter subido ao segundo andar da casa dele, no bairro de Campo Grande, em 23 de janeiro deste ano.

    No andar de cima, diz o MP, Jeff foi estrangulado após uma relação sexual. Um fio de telefone teria sido utilizado para cometer o crime.

    Após a morte, continua a denúncia os réus colocaram o corpo de Jeff Machado em um baú, que foi enterrado e concretado no quintal de uma kitnet alugada por Bruno no mesmo bairro.

    Motivação do crime

    De acordo com o Ministério Público, “a partir de 2019, Bruno prometeu falsamente a Jefferson a compra de uma vaga para ator em uma emissora de televisão, no valor de mais de R$ 18 mil, alegando que seria repassado a um suposto produtor/diretor da emissora”.

    “O dinheiro não foi devolvido e tampouco houve a contratação. Segundo a denúncia, tratava-se de mera isca criada para obter vantagens financeiras ilícitas da vítima. Na iminência de ser descoberto, Bruno matou a vítima”, diz a denúncia.

    Dias depois do homicídio, a investigação demonstrou que Bruno de Souza se passou por Jefferson e utilizou a senha do cartão de crédito dele para efetuar compras em estabelecimentos comerciais e anunciou a venda do carro da vítima em agências de automóveis, completa o texto.

    “Houve ainda invasão ao telefone da vítima, por meio do qual Bruno se atribuiu falsa identidade para manter diálogos com familiares e amigos da vítima, e terceiros para benefício próprio. A denúncia descreve também que os acusados praticaram maus-tratos contra animais domésticos ao abandonarem oito cães de raça, pertencentes ao ator, em um terreno vazio sem alimentação e cuidados de higiene, quando dois morreram e um desapareceu”, finaliza a peça.

    (Publicado por Fábio Munhoz)

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