Caso Henry: Justiça aceita denúncia contra Jairinho e Monique
Juíza também decretou prisão preventiva dos dois suspeitos pela morte de menino de 4 anos
A 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Publica contra o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, e sua namorada, Monique Medeiros, pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique.
A juíza Elizabeth Machado Louro também converteu de temporária para preventiva (sem prazo) a prisão dos dois — a detenção temporária estava prevista para terminar nesta sexta (7). Jairinho e Monique agora são considerados réus.
“Cumpre destacar que os fatos relatados na denu´ncia causaram forte clamor pu´blico, que beirou o furor popular, contra os indigitados autores, o que, por si so´, aponta para o manifesto abalo da ordem pu´blica”, observou a juíza.
O casal foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado e tortura contra a criança. O promotor Marcos Kac, responsável pelo caso, disse à CNN que considerou como qualificadoras do assassinato o motivo torpe, a impossibilidade de defesa da vítima e o meio cruel. “As investigações da polícia mostraram que Henry foi morto por Jairinho acreditar que a criança atrapalhava a relação do casal [Monique e Jairinho]”, explicou Kac.
A pena pode ainda ser aumentada pelo fato de Henry ser menor de 14 anos. O menino estava com 4 anos no dia da morte e teria feito aniversário na segunda-feira (3) se estivesse vivo. A denúncia imputa à Monique o crime de homicídio por omissão, por entender que ela tinha o dever de proteção e vigilância da criança.
O advogado Braz Sant’Anna, que defende Jairinho, disse que não se surpreendeu com a decretação da prisão preventiva. De acordo com o advogado, o clamor público conduziu a decisão da magistrada. Sant’Anna informou que a defesa vai aguardar a citação de Jairinho para apresentação da resposta. Os advogados de Monique foram procurados, mas ainda não se manifestaram.
Os advogados de Monique também se manifestaram: A verdade ficará esclarecida no curso da ação penal. A prisão preventiva de Monique é injusta e desnecessária. A verdade prevalecerá.