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    Caso Henry Borel: Polícia aguarda perícia toxicológica para concluir inquérito

    Conteúdo de celulares apreendidos no dia da prisão do casal também são aguardados

    À esquerda o vereador Dr. Jairinho, à direita Monique Medeiros com o filho Henry Borel
    À esquerda o vereador Dr. Jairinho, à direita Monique Medeiros com o filho Henry Borel Foto: Montagem CNN

    Camille Couto e Isabelle Saleme, da CNN, no Rio de Janeiro

     

    O novo prazo para a conclusão da investigação que apura a morte do menino Henry Borel, de quarto anos, ficou para a semana que vem. A Polícia Civil aguarda documentos para concluir o inquérito. O delegado Henrique Damasceno, titular da Delegacia da Barra da Tijuca, na zona oeste, ainda não recebeu o laudo da perícia toxicológica, feita no corpo da criança, e o conteúdo dos celulares que estavam com o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, no dia da prisão dele e sua namorada Monique Medeiros, mãe de Henry. De acordo com os investigadores, o vereador teria tentado se desfazer dos aparelhos, jogando-os pela janela, mas eles foram recuperados e periciados.

    A prisão temporária de Jairinho e Monique vence no dia 7 de maio. A polícia quer concluir o inquérito o quanto antes para encaminhar o caso ao Ministério Público. A tendência é que o casal seja indicado por homicídio duplamente qualificado. Henry Borel foi morto no dia 8 de março. O laudo pericial apontou lesões incompatíveis com um acidente doméstico, primeira versão apresentada pela mãe e o namorado.

     

    Na última segunda (26), a defesa de Monique formalizou a entrega da carta que teria sido escrita por ela. No texto, a professora pede para ser ouvida novamente pelos policiais. Ela narra supostas agressões cometidas por Jairinho e conta que foi o namorado que encontrou Henry no quarto, na madrugada de 8 de março, e a chamou, dizendo que a criança tinha caído da cama. 

    A versão é diferente da que havia sido dada no primeiro depoimento. Monique afirma que foi treinada para mentir aos policiais. Na carta entregue na Delegacia da Barra da Tijuca, na zona oeste, Monique relata que Jairinho não ofereceu ajuda ao menino ainda dentro do apartamento. A mãe de Henry diz, ainda, que o médico e vereador oferecia remédios para ela dormir regularmente. E que isso também teria acontecido na noite em que a criança morreu. Segundo os advogados da mãe de Henry, ela continua a escrever no presídio e novos trechos do relato podem ser divulgados em breve.

    Já o advogado de Dr. Jairinho, classificou a carta de Monique como “uma peça de ficção, que não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos”. Apesar de já ter adiantado à CNN que vai questionar a qualidade das provas técnicas apresentadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na investigação da morte de Henry Borel, o criminalista Braz Sant’Anna só pretende se manifestar sobre a tese da defesa após a denúncia à Justiça.