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    Caso Hadassa: veja o que se sabe sobre a menina estuprada e morta no RJ

    Criança foi assassinada pelo primo da mãe; corpo foi encontrado dentro de um saco de ração

    Fábio Munhozda CNN , Em São Paulo

    A menina Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, foi encontrada morta no último domingo (10) depois de ter desaparecido na madrugada de sábado (9).

    O corpo dela foi achado por policiais dentro de um saco de ração que foi jogado em um valão na cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

    Após investigações, a polícia chegou a Reynaldo Rocha Nascimento. Ele era primo de Suellen da Silva Roque, que era mãe de Kemilly. Segundo a polícia, Reynaldo confessou ter estuprado e matado a garota, que foi enterrada em um cemitério da cidade na segunda-feira (11).

    Veja abaixo o que se sabe sobre o caso

    Desaparecimento

    De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu na madrugada de sábado, quando Suellen saiu para ir a uma festa nas proximidades, deixando Kemilly dormindo sozinha com dois irmãos, de 7 e 8 anos.

    Quando voltou para casa, horas depois, não encontrou a menina em casa.

    Após o desaparecimento, a família iniciou uma campanha nas redes sociais para tentar encontrar a criança. Até mesmo um protesto foi feito no distrito Cabuçu, onde a família morava, em busca de respostas.

    Família espalhou cartazes após o desaparecimento de Kemilly Hadassa
    Família espalhou cartazes após o desaparecimento de Kemilly Hadassa / Reprodução

    Kemilly Hadassa estudava na Escola Municipal Três Marias, que ficava no mesmo bairro onde a família morava.

    No domingo, após a confirmação da morte da menina, a direção da escola fez uma publicação em uma rede social manifestando luto e anunciou que suspendeu as aulas no colégio.

    Como foi o crime

    Segundo a polícia, Reynaldo confessou que invadiu a casa da família durante a madrugada, quando a família dormia.

    O criminoso relatou que tirou a menina de casa e a estuprou. Em seguida, disse que decidiu matá-la para evitar ser descoberto com o choro da garota.

    Inicialmente, a ideia dele era cortar o pescoço de Kemilly. Ainda conforme a polícia, ele mudou de ideia e decidiu enforcá-la e esconder o corpo em um saco de ração, que foi jogado em um valão.

    De acordo com nota da Polícia Civil do Rio, o boletim de ocorrência do desaparecimento da menina foi registrado pela mãe na 56ª DP (Comendador Soares) pouco depois do seu desaparecimento, na madrugada de sábado, 9, dando início à investigação.

    Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, para onde o caso foi encaminhado, foram ao bairro em que a família vive em busca de testemunhas, câmeras de segurança e demais informações. A polícia não relevou, no entanto, se foram encontradas provas do crime.

    No domingo, Reynaldo foi cercado por populares, que suspeitavam que ele teria cometido o crime. O homem foi levado, então, pela Polícia Militar para prestar depoimento na delegacia e confessou que havia estuprado Kemilly, a matado em seguida e escondido seu corpo em um saco de ração.

    O primo indicou à polícia o local em que teria deixado o corpo da criança, à beira de uma vala de esgoto que fica próximo de sua casa. Os agentes fizeram uma busca no local e encontraram o cadáver. O homem foi preso temporariamente até que o caso seja julgado.

    Mãe é investigada

    A Polícia Civil informou que Suellen, mãe de Kemilly, será investigada por abandono de incapaz.

    A investigação contra a mãe será motivada pelo fato de ela ter deixado a menina sozinha em casa durante a madrugada.

    Suellen da Silva Roque, mãe de Kemilly, durante depoimento na 56º DP
    Suellen da Silva Roque, mãe de Kemilly, durante depoimento na 56º DP / Marcos Porto/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

    Quem era o assassino

    O suspeito era primo da mãe de Kemilly Hadassa. Ele já foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão, no regime semiaberto, por causa de dois assaltos dos quais ele participou em 2021.

    A condenação de Reynaldo por roubo foi confirmada em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em junho deste ano. Na primeira instância, ele havia sido condenado, juntamente com um comparsa, a sete anos e dois meses de prisão. Ambos recorreram em liberdade.

    De acordo com o processo, os assaltos ocorreram em janeiro de 2021 na Pedra do Arpoador, área nobre do Rio de Janeiro, entre 9h30 e 10h. Reynaldo estava acompanhado de outros dois criminosos, um maior de idade e um menor.

    Conforme os autos, o primeiro caso ocorreu por volta das 9h30. A vítima, do sexo feminino, estava sentada na areia da praia quando o grupo a abordou pelas costas e disse: “Não corre, senão eu vou te furar toda.”

    Pouco depois deste assalto, e ainda de acordo com o processo criminal, os ladrões abordaram outra mulher e ordenaram a ela que entregasse o telefone celular. Em depoimento, a vítima disse que teve medo de ser jogada no mar.

    Os três participantes foram pegos durante patrulhamento e reconhecidos pelas vítimas.

    A CNN tenta localizar a defesa de Reynaldo para comentar o caso.

    Corpo foi sepultado em Nova Iguaçu

    O corpo de Kemilly Hadassa foi enterrado no fim da tarde de ontem no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, no centro da cidade.

    Tios da menina Kemilly Hadassa estiveram no IML de Nova Iguaçu para aguardar a liberação do corpo da garota
    Tios da menina Kemilly Hadassa estiveram no IML de Nova Iguaçu para aguardar a liberação do corpo da garota / Pedro Ivo/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

    Pelas redes sociais, familiares e amigos de Kemilly fizeram uma vaquinha para ajudar nas despesas com o velório e o enterro.


    (Com informações de Rodrigo Monteiro, da CNN, e do Estadão Conteúdo)

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