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    Caso Eloah: Polícia do RJ realiza perícia no local da morte cinco dias após crime

    Policiais afirmam que perícia não foi feita antes por conta do cenário complicado do Morro do Dendê, na Ilha do Governador

    Marcia BarrosNaira Ziteida CNN

    Após cinco dias da morte da criança Eloáh, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) conseguiram realizar a perícia na quinta-feira (17).

    Segundo a Polícia Civil, por conta do cenário complicado da região, não foi possível realizar a perícia nos dias anteriores.

    A suspeita é que o tiro tenha vindo de policiais militares que estavam no local quando abordaram dois homens em uma moto e começaram o confronto, atingindo a criança. O material será analisado e comparado com a munição dos agentes.

    Ainda não há evidências de onde veio o tiro, e esse é uma das questões que estão sendo apuradas.

    Eloáh morreu no sábado (12) ao ser atingida por uma bala perdida durante uma operação da Polícia Militar. Além da criança, um jovem de 17 anos também morreu.

    Após a morte da criança, moradores protestaram e queimaram dois ônibus no bairro. Os bombeiros foram acionados.

    Em nota, a PM disse que foi informada “sobre uma criança baleada no interior da comunidade do Dendê e que foi socorrida por familiares”. “Segundo informações colhidas por testemunhas, a vítima teria sido atingida no interior de sua residência. Ressaltamos que não havia operação policial no interior da comunidade”.

    Ainda segundo a corporação, foi instaurado “um procedimento apuratório para averiguar a conjuntura das ações e a corregedoria da corporação acompanha os trâmites. As imagens das câmeras corporais dos policiais serão disponibilizadas para auxiliar as investigações”.

    Apesar do atendimento, a criança já chegou morta ao hospital. Conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde, “a direção do Hospital Municipal Evandro Freire informa que uma criança e um homem sem identificação deram entrada já em óbito na unidade”.

    A Polícia Militar disse que abordou dois homens em uma moto, sendo que o ocupante da garupa estaria armado e teria disparado contra a equipe, quando houve revide. O motorista foi preso.

    A Secretaria de Estado de Polícia Militar afirmou que o comandante do 17° BPM (Ilha do Governador) “foi afastado da administração da unidade a fim de dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos”.

    A ONG Rio de Paz, por meio das redes sociais, afirmou que passou de cem o número de crianças e adolescentes mortos por armas de fogo com o caso do último sábado.

    “Com o caso de Eloáh, sobe para 101 casos de crianças e adolescentes mortos por armas de fogo, a maioria balas perdidas, de 0 a 14 anos, desde que começamos a contabilizar estes casos, em 2007”, escreveu a organização.

    Veja mais: Morte de menino de 13 anos no RJ mostra falta de treinamento dos policiais?

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