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    Caso Djidja: Polícia vai investigar denúncias de maus tratos a cobras e cães

    Animais podem ter sido estrangulados e até envenenados pela família com a mesma substância que levou Djidja Cardoso à morte

    Polícia investiga morte de Djidja Cardoso
    Polícia investiga morte de Djidja Cardoso Reprodução / Redes Sociais

    Pedro DuranHallyme Ximendesda CNN

    São Paulo

    A Delegacia do Meio Ambiente do Amazonas decidiu investigar denúncias de maus tratos aos animais que viviam na mesma casa da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso. As acusações contra os parentes da influenciadora vieram à tona depois da morte dela que culminou com a prisão do irmão e da mãe da vítima.

    As investigações começarão nesta segunda-feira, quando o inquérito será aberto pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo do Amazonas (Dema). A informação foi confirmada pela delegada Juliana Viga à CNN.

    Em uma das imagens obtidas pela polícia, o irmão de Djidja aparece segurando uma das cobras nas mãos e inalando uma fumaça que, supostamente, seria de maconha. Pelo menos seis cobras eram criadas pela família de Djidja. As jiboias apareciam frequentemente nas redes sociais e levavam os nomes de Afrodite, Seu Banana, Posseidon, Medusa, Zeus e Athena.

    “Vamos investigar o crime de maus tratos aos animais, em virtude do autor Ademar ter submetido uma cobra à inalação de fumaça proveniente de um cigarro de maconha e vamos averiguar outras situações de maus tratos com relação aos cães que viviam na residência de Djidja”, disse a delegada.

    Em entrevista à CNN, a deputada estadual do Amazonas, Joana Darc, que é médica veterinária, disse que participou do resgate dos animais depois das prisões. “Eles também tinham um canil. Esse canil vendia animais e a gente também está investigando o fato de que talvez eles também manterem esse canil para poder justificar a compra da ketamina”, conta a deputada.

    A cetamina, ou ‘cetamina’, é a substância que levou à morte da modelo e influencer Djidja Cardoso, que foi sinhazinha do Boi Garantido e, consequentemente, uma das principais personagens do folclore do Festival de Parintins. Joana fala que além das cobras, foram resgatados oito cães. Um deles, batizado de Huck, teria inclusive tido uma parada cardíaca pelo uso da droga, que tem comercialização restrita a veterinários por ter seu uso autorizado pela Anvisa apenas como sedativo de animais de grande porte, como cavalos.

    Joana é presidente da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do estado. “Quando tem esses casos, a gente atua em parceria com a polícia. Então, eu me concentrei em verificar os animais, tirar eles daquela situação, colocar eles com fiéis depositários e resguardar a saúde deles, fazendo a coleta da urina, do sangue e exames de raio-x, também para detectar se tem essas substâncias”, acrescenta a deputada.

    Investigação

    Um dos caminhos que a investigação deve percorrer são as suspeitas de que os animais poderiam ser parte de rituais da seita ‘Pai, Mãe e Vida’, que tinha o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, e a mãe dela, Cleusimar Cardoso, como líderes espirituais.

    Para a polícia, a seita está relacionada com o uso abusivo de cetamina que, quando aplicada em humanos, pode provocar delírios, alucinações e graves efeitos colaterais, levando até à morte.

    Em coletiva de imprensa neste domingo (2/6), os advogados da família Cardoso disseram que não havia nenhum tipo de rituais satânicos envolvendo animais por parte dos integrantes da família presos.