Caso Cupertino: filha e ex-companheira pediram para serem ouvidas remotamente

Isabela Tibcherani Matias e sua mãe, Vanessa Tibcherani Matias Camargo, principais testemunhas no julgamento de Paulo Cupertino Matias, solicitaram que seus depoimentos fossem tomados remotamente no júri que julgará o triplo homicídio envolvendo o ex-ator de “Chiquititas”, Rafael Henrique Miguel, e seus pais.

O julgamento está marcado para o próximo dia 10 de outubro, às 13h. No pedido, protocolado em 25 de setembro, os advogados de mãe e filha alegaram que a presença física diante do réu as submeteria novamente a um sofrimento psicológico extremo.

“Expor as vítimas à presença do réu seria expô-las novamente ao sofrimento inenarrável que já enfrentaram”, argumentaram no documento.

No mesmo pedido, os advogados solicitaram que os depoimentos ocorressem em uma sala separada, sem a presença de Cupertino ou do público, para garantir a integridade emocional das testemunhas e a veracidade de seus relatos.

Entretanto, no último dia 30 de setembro, o juiz Antônio Carlos Pontes de Souza indeferiu o pedido. Ele determinou que as testemunhas compareçam presencialmente ao plenário, mas com a ausência de Paulo Cupertino durante seus depoimentos.

Relembre o caso

Em 9 de junho de 2019, Rafael Henrique Miguel e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma da Silva, foram assassinados enquanto levavam Isabela, namorada de Rafael, para a casa de Paulo Cupertino, na Zona Sul de São Paulo.

O crime causou grande comoção no país. Cupertino, acusado do triplo homicídio, fugiu e permaneceu foragido por três anos, até ser capturado em maio de 2022, em um apartamento na Zona Sul de São Paulo.

De acordo com o relato de Isabela, no dia do crime, sua mãe buscava conversar com Cupertino sobre o relacionamento dela com Rafael. No entanto, a conversa terminou em tragédia quando Cupertino disparou vários tiros contra Rafael e seus pais. A perícia confirmou que ao menos 13 tiros foram disparados, resultando nas mortes dos três no local.