Casamento entre pessoas do mesmo sexo cresce quase 20% e bate recorde, aponta IBGE
Dados são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgadas na manhã desta quarta-feira (27)
O casamento entre pessoas do mesmo sexo bateu recorde e registrou um crescimento de quase 20%, segundo os novos números da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgadas na manhã desta quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total, foram 970 mil casamentos civis realizados em cartórios de registro civil de pessoas naturais em 2022. Desse número, 1,1% (11 mil) foram casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
O número é 19,8% maior que em 2021 (9,2 mil) e representa o recorde da série, desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desses 11 mil, a maioria (60,2%) foi entre cônjuges femininos.
Brasileiros se casam menos
Embora a pandemia de Covid-19 tenha alterado pontualmente as estatísticas, essa é tendência foi confirmada pelos novos números do IBGE.
Desde 2015, o número total de registros de casamento vem apresentando tendência de queda.
Entre 2019 e 2020 houve um decréscimo ainda mais expressivo por conta da pandemia e das consequentes orientações sanitárias de distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus.
As precauções adotadas inviabilizaram a realização de cerimônias, fazendo com que muitos casais adiassem a decisão da união, segundo os pesquisadores do IBGE.
Entre 2020 e 2021, o número de casamentos aumentou, dando indícios de que as cerimônias matrimoniais voltaram a acontecer em razão das campanhas de vacinação em massa e da flexibilização das medidas para contenção da Covid-19.
Mesmo assim, o número de registros de casamentos não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019). De 2021 a 2022, o número de casamentos também cresceu, mas ainda continuou abaixo dessa média (1.076.280). Em 2022 foram registrados 970.041 casamentos.
Publicado por: André Rigue. Com informações do Estadão Conteúdo