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    Cármen Lúcia dá 24 h para que Heleno e Ramagem expliquem relatório sobre Flávio

    Ministério e agência terão que explicar como foi a atuação na produção de dois relatórios que teriam servido para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro

    Daniel Fernandes, da CNN, em São Paulo

     

    A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu 24 horas para o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), explicarem como foi a atuação do ministério e da agência na produção de dois relatórios que teriam servido para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) na anulação do caso Queiroz, de acordo com reportagem da revista Época.

    Reportagem publicada pela revista afirma que a Abin produziu relatórios para ajudar a defesa do senador sobre o caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

    Senador Flávio Bolsonaro

    Ministro e diretor da Abin terão que se explicar sobre atuação em caso que envolve o senador

    Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS 12/03/2019

    Na sexta-feira (11), diretores da Abin com quem a CNN conversou negaram que existam relatórios assinados pela Abin neste sentido e afirmaram que não haviam produzido nada a respeito do assunto.

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    No sábado (12), Ramagem pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) que apresente uma interpelação judicial, um tipo de pedido formal para cobrar explicações públicas, contra a reportagem da revista Época. De acordo com fontes da Abin consultadas pela CNN, “com o intuito de restabelecer a verdade”.

    Já no domingo (13), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, rebateu as acusações feitas pela revista, e afirmou que os “supostos trechos divulgados apresentam-se mal redigidos, com linguajar atécnico que não guarda relação com a Atividade de Inteligência”.

    Heleno afirmou ainda que a “agência desenvolve seus trabalhos de maneira integrada e cooperativa, não havendo setores fragmentados de sua institucionalidade, sendo falsa a afirmação de existência de ‘ABIN paralela’ ou ‘ABIN clandestina'”.

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    O general também disse que “as acusações se pautam em torpe narrativa, desprovida  de conjunto probatório, supostamente contida em documentos que não foram produzidos pela Abin” e que “o intuito único é desacreditar uma instuição de estado e os servidores que compõem seus quadros”.

    Apesar da negativa da Abin, a reportagem da Época afirma que os próprios advogados de Flávio confirmaram a veracidade do relatório. 

    Os analistas da CNN Fernando Molica e Leandro Resende apuraram que Flávio Bolsonaro recebeu mensagens com relatórios de funcionários da Abin, e não diretamente do órgão, com orientações para subsidiar a defesa.