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    Capivara surpreende turistas e se refresca pelas praias da Zona Sul do Rio

    Passeio do roedor contou com mergulho no Leblon, caminhada por Ipanema e passagem pelo mar da pedra no Arpoador

    Adriana FreitasBeatriz Puenteda CNN , Rio de Janeiro

    Como uma carioca legítima, que leva a sério o ritual de Ano Novo, uma capivara deu o último mergulho de 2021 no mar, na quarta-feira (29). Provavelmente vinda da Lagoa Rodrigo de Freitas, que tem comunicação com a praia pelo canal do Jardim de Alá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, um exemplar da espécie – que é conhecida por ser o maior roedor do mundo – se misturou aos banhistas, turistas e mobilizou bombeiros e a guarda municipal.

    Totalmente tranquila, sem ameaçar ninguém, a capivara deu um passeio e chamou atenção dos agentes que foram verificar se o bichinho precisava de algum cuidado médico, mas pareceu bem de saúde. No Arpoador, o animal ficou na ponta de uma pedra, como se contemplasse a água azul do mar. O registro foi feito por banhistas e agentes da Guarda Municipal do Rio e o Corpo de Bombeiros.

    De acordo com o Corpo do Bombeiros, o passeio do grande roedor começou de manhã nas areias de Ipanema. Depois seguiu para o Arpoador e, foi visto no Leblon, por volta das 14h40, quando mergulhou e fugiu pelo mar, escapando da tentativa de resgate. Desta vez, o banho de mar foi registrado por banhistas. Após ser alvo de flashes e câmeras pela última vez, não foi mais localizado.

    A capivara é um mamífero herbívoro nativo da América do Sul e o maior roedor do mundo. É dependente da água para sobreviver e apresenta comportamento similar ao porco como rolar na lama. No Rio de Janeiro, o animal é visto com frequência, na região da Barra da Tijuca e no sistema Lagunar de Jacarepaguá, na Zona Oeste.

    De acordo com o ambientalista e biólogo Mario Moscatelli, não é algo tão raro uma capivara acabar na praia, saindo de algum local banhado por água doce ou salobra.

    “A sua presença tem se sentido mais intensa na medida que seus ecossistemas vão sendo suprimidos pelo crescimento urbano o que as obriga a buscar novos espaços. Mas também há uma maior tolerância das novas gerações com a convivência pacífica entre as espécies. Destaco, porém, que a falta de gestão dessa espécie por parte do poder público como sua caça criminosa, principalmente no sistema lagunar de Jacarepaguá, vai gerar problemas, visto que as relações com os seres humanos geralmente são conflituosas e rompem sempre do lado mais fraco, isto é, dos animais.”, comenta Moscatelli.

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