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    Dia Mundial dos Oceanos: Campanha promove veganismo em prol de meio ambiente

    Organização internacional Veganuary afirma que a pesca industrial traz consequências negativas para a fauna marinha

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Cientistas mapearam áreas marinhas “selvagens” em todo o mundo pela primeira vez em 2018. Eles descobriram que apenas 13% dos oceanos do mundo podem ser classificados como áreas que não foram afetadas negativamente por atividades como pesca, poluição e transporte marítimo.

    Os achados publicados no periódico científico Current Biology apontam para os impactos nocivos da ação humana sobre os oceanos.

    A conscientização sobre o problema ganha atenção nesta quarta-feira (8), Dia Mundial dos Oceanos.

    Cientistas da organização Wildlife Conservation Society afirmam que a pesca e o escoamento de resíduos e produtos químicos são as duas formas mais significativas pelas quais os humanos estão impactando negativamente os ecossistemas oceânicos.

    A organização internacional Veganuary, que incentiva o veganismo e seus benefícios para os animais, o meio ambiente e a saúde, realiza na semana do Dia Mundial dos Oceanos a campanha #ComerSemPeixe, com o objetivo de evidenciar a realidade da pesca industrial e suas consequências para a fauna marinha.

    A campanha promove a alimentação à base de plantas como uma solução possível para contribuir para a preservação dos oceanos e da vida dos animais marinhos. A iniciativa oferece ao público uma série de conteúdos exclusivos, de forma gratuita, que vão desde receitas de peixe vegano até informações nutricionais.

    A iniciativa conta com o apoio de personalidades como a artista Leyllah Diva Black, a atriz Natália Rosa, os atores Emiliano D’Ávila e Rodrigo Dorado e Victor Sanches, do RotaVeg.

    Dia Mundial dos Oceanos e o consumo de peixe

    O consumo anual per capita de peixes no Brasil é de 9 quilos ao ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU). A produção de peixes de cultivo cresceu 4,7% em 2021 no Brasil.

    A Veganuary argumenta que as práticas da indústria pesqueira podem ser nocivas ao ecossistema oceânico. Além disso, alega que tanto peixes como outros animais marinhos, como lagostas e caranguejos, são capazes de sentir dor.

    “Os peixes literalmente sufocam no ar”, diz Victoria Braithwaite, professora de Pesca e Biologia da Penn State University e autora do livro “Do Fish Feel Pain?” (“Peixes sentem dor?”, em tradução livre). “Não aceitaríamos matar galinhas jogando-as em um tanque de água e esperando que se afoguem. Então, por que não se opor a peixes sufocando no convés de uma traineira?”, completa.

    Alternativas nutricionais

    O ômega 3 é um dos principais nutrientes conferidos pela alimentação dos peixes. De acordo com a Veganuary, a substituição do peixe na dieta é possível a partir da ingestão de sementes de chia moídas, sementes de linhaça, sementes de cânhamo e vegetais verdes folhosos.

    Outros tipos de ômega 3 podem ser encontrados no óleo de algas, juntamente com algas marinhas como nori e wakame.

    A Veganuary apresenta receitas 100% vegetais para o preparo de alternativas ao consumo de peixe, como “salmão” à base de cenoura e o “peixe frito” à base de berinjela (confira).

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