Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Câmeras corporais: “SP está 100% em aderência com diretriz federal”, diz secretário à CNN

    Nova licitação permite que os equipamentos sejam desligados pelos agentes e o material não será gravado na íntegra, segundo a SSP

    Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, em entrevista no Novo Dia.
    Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, em entrevista no Novo Dia. CNN

    Guilherme Gamada CNN

    São Paulo

    O governo de São Paulo vai analisar as diretrizes para o uso de câmeras corporais na polícia, que foram divulgadas nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

    Em entrevista à CNN, Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, afirma que o novo edital de licitação de câmeras corporais está “100% em aderência a nova diretriz federal“. Os estados têm autonomia para seguir ou não as diretrizes, mas terão que adotar as normas para financiar os equipamentos com fundos federais.

    O contrato atual, feito na gestão anterior, não está de acordo com as novas recomendações, de acordo com o secretário. Entretanto, a nova licitação vai ao encontro à diretriz federal ao promover as seguintes mudanças:

    • Tecnologia permite a leitura de placas de veículos procurados pela polícia
    • Câmeras capazes de fazer o reconhecimento facial de pessoas com mandado de prisão
    • Equipamento oferece radio comunicação entre agentes e viaturas

    A licitação prevê o aumento de câmeras disponíveis para o estado. A disponibilidade dos equipamentos vai passar dos atuais 10 mil para 12 mil.

    “Liga e desliga”

    O modelo de câmeras corporais adotado em São Paulo vai permitir que os equipamentos sejam desligados e o material não será gravado na íntegra, segundo Derrite comentou na entrevista à CNN.

    Nas diretrizes internas das polícias, que regulamentam as normas de uso, há a permissão para que os agentes desliguem as câmeras em momentos de privacidade, como em idas ao banheiro.

    O secretário esclarece que a medida objetiva não invadir os agentes e cita policiais femininas que podem ser gravadas com roupas íntimas em alojamentos, com a gravação ininterrupta.

    As imagens armazenadas serão as que possuem relevância para as investigações. De acordo com Derrite, 40% das gravações são chamadas de vídeos de rotina, que não têm funcionalidade e têm alto custo de armazenamento.

    Uma das novidades apresentadas pelo secretário é o acionamento remoto. A central de operações poderá acionar a câmera remotamente e gravar imagens de agentes nas ruas. Esse acionamento deve acontecer automaticamente por meio de um software que associa os equipamentos a ocorrências relevantes.

    “Isso é mais uma ferramenta de combate que vamos ter porque são ocorrências que podem gerar confronto”, afirma. Em um assalto a banco, por exemplo, as câmeras no raio próximo serão acionadas, segundo Derrite. As interações com a população também serão gravadas de modo automático.