Cadáver em agência bancária: vídeo mostra idoso em shopping antes de ser levado ao banco
Paulo Roberto Braga, de 68 anos, ficou em uma cafeteria por cerca de quatro minutos até ser levado ao banco por uma familiar
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Mulher leva morto em cadeira de rodas ao banco e tenta sacar empréstimo de R$ 17 mil no RJ • Reprodução
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Mulher ficou com o idoso morto em uma cafeteria de shopping do Rio antes de levá-lo a uma agência bancária • Reprodução
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Imagem mostra mulher passeando com "tio Paulo" antes de ir ao banco pedir empréstimo
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Idoso foi retirado de carro de aplicativo com cadeira de rodas • Reprodução
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Mulher leva "tio Paulo" para o elevador depois de chegar de carro de aplicativo
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Suspeita por levar idoso morto pra sacar empréstimo em banco foi presa nesta terça (16) • Reprodução/CNN Brasil
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Delegado Fábio Souza, titular da 34º DP (Bangu), que investiga o caso • Reprodução/CNN
Um novo vídeo obtido pela CNN mostra o idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, em um shopping do Rio de Janeiro momentos antes de ele ser levado a uma agência bancária.
As imagens mostram o idoso em uma cadeira de rodas ao lado de Érika de Souza Vieira Nunes, 42, que é parente dele. Eles estão em uma cafeteria que funciona em um quiosque. O vídeo tem quase quatro minutos e, durante todo o tempo de gravação, ele permanece imóvel, com a cabeça tombada para o lado direito.
Veja o vídeo:
Segundo o registro da câmera, a gravação tem início às 13h08. Érika permanece ao lado do idoso, chamado por ela de “Tio Paulo”, até as 13h10.
Em seguida ela levanta, pega a bolsa, ajeita a cabeça do idoso, e anda em direção a uma loja, deixando “Tio Paulo” sozinho. Ela entra na loja e permanece por alguns segundos.
Quase um minuto depois, ela volta até o local onde estava a cadeira de rodas. Durante o período em que ele esteve sozinho no local, uma mulher parece ter estranhado a situação e fica olhando para o idoso.
Por fim, Érika pega a cadeira de rodas e guia “Tio Paulo” pelo corredor.
Como foi o caso
A mulher foi à agência bancária na tarde da última terça-feira (16) com o idoso para tentar sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil.
Enquanto ela negocia o empréstimo, o homem permanece imóvel durante todo o tempo. Funcionários do banco estranharam a situação e começaram a filmar.
As imagens feitas pelos bancários mostram que Érika fala com o idoso: “Tio Paulo, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor. Tem que ser o senhor. O que eu posso fazer, eu faço”.
“Segura, tio. Assina para não me dar mais dor de cabeça, ter que ir no cartório. Não aguento mais”, continua.
Uma das atendentes vê que o homem não se mexe e diz: “Ele não ‘tá’ bem, não.” Nesse momento, uma mosca pousa no nariz dele.
O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foi chamado ao local. Segundo a Polícia Civil, os médicos afirmaram que Paulo já estava morto pelo menos duas horas antes do atendimento. O corpo foi encaminhado ao IML para apurar as circunstâncias da morte
A princípio, Érika deve responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio à cadáver. “Se ficar constatado que a causa da morte não foi natural, aí será aberto uma investigação de homicídio”.
O que diz a defesa
A advogada Ana Carla de Souza Correa, que representa Érika, diz que os fatos não aconteceram como foram narrados e que tudo foi esclarecido à polícia.
“O senhor Paulo Roberto Braga chegou à unidade bancária vivo, e existem testemunhas que no momento oportuno também serão ouvidas. Toda essa parte processual será devidamente apreciada pelo juízo competente”, afirmou.
A defesa afirma que a mulher se encontra “abalada” com o acontecido. “É uma senhora idônea, que tem uma filha especial que precisa dela. Ela inclusive é uma pessoa que sempre cuidou com todo carinho do senhor Paulo. Então tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Erika”, afirma.
Ainda conforme a advogada, Érika reafirmou que o idoso chegou vivo ao local e começou a passar mal lá. De acordo com a defesa, ele esteve internado alguns dias antes e tinha um quadro de saúde delicado. No entanto, a advogada não informou quais problemas de saúde seriam esses.