Buscas por “ciclone extratropical” tiveram pico no RS quando fenômenos devastaram o estado

A temporada de ciclones extratropicais de 2023 atingiu com força a região Sul, sobretudo o estado do Rio Grande do Sul. A devastação provocada pelos efeitos da passagem de sistemas desse gênero provocaram picos de buscas sobre ele, segundo o Google Trends.

Os dois momentos em que o termo “ciclone extratropical” foi mais buscado foram as semanas de 9 a 15 de julho e de 3 a 9 de setembro, dois momentos em que os gaúchos sofreram com o fenômeno.

No primeiro caso, em julho, 52 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos por efeitos da passagem de um ciclone extratropical, deixando 16 mortos, 234 pessoas desabrigadas e 331 desalojadas. Outros 17.399 habitantes do estado foram afetados pelo evento climático.

Os conceitos de desabrigado e desalojado são diferentes. Desabrigado é aquele que perdeu a casa e está em um abrigo público. O desalojado teve de deixar sua casa — não necessariamente a perdeu — e não está em abrigos, mas sim na casa de um parente, amigo ou conhecido, por exemplo.

Veja os estragos provocados pelo ciclone de julho

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Mais de 250 mil pessoas ficaram sem energia elétrica no Rio Grande do Sul devido à passagem do ciclone. Os dados são da Rio Grande Energia (RGE) e da CEEE Grupo Equatorial, responsáveis pela distribuição de energia no estado.

A cidade de Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, registrou rajadas de vento acima dos 120 km/h, segundo a Defesa Civil do estado.

Maior desastre natural da história do RS

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O ciclone de setembro foi classificado pelo governo do Rio Grande do Sul como o maior desastre natural da história do estado, já que os efeitos de sua passagem sobre o estado deixaram, pelo menos, 50 mortes. Uma morte foi registrada no estado de Santa Catarina.

Em entrevista à CNN, a meteorologista da Climatempo Maria Clara Sassaki contou que algumas cidades do Rio Grande do Sul registraram, apenas na primeira semana, toda a chuva prevista para o mês de setembro.

O alto acumulado de chuvas provocou a segunda maior enchente da história do Rio Taquari, que alcançou 29,62 metros. A maior cheia já registrada aconteceu em 1941, quando o rio chegou a 29,92 metros.

Vídeo: R$ 1 bilhão do BNDES para cidades afetadas

Lula anuncia empréstimo de R$ 1 bilhão para cidades do RS afetadas por ciclone | CNN ARENA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para auxiliar na recuperação da economia de cidades do Rio Grande do Sul.

Lula também disse que acontecerá a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores.

Em viagem ao estado, Alckmin anunciou que o governo federal destinará R$ 741 milhões em recursos para as regiões afetadas pelas chuvas.

O ministério que mais destinará recursos às áreas afetadas é o das Cidades, que custeará a construção de moradias na região com R$ 195 milhões. Em seguida vem o da Integração, que gastará R$ 185 milhões para dar ajuda humanitária e ajudar na reconstrução dos municípios atingidos pelas chuvas.

Entre outras ações, o governo também falou em reconstruir as unidades básicas de saúde (UBS), refazer uma ponte da BR-116 sobre o Rio das Antas e liberar um auxílio de R$ 800 por pessoa, em duas parcelas de R$ 400, para os municípios afetados.

Quais estados lideram as buscas?

Mais afetados pelas formações dos ciclones, os estados da região Sul do Brasil encabeçam as buscas pelo termo “ciclone extratropical” no Brasil em 2023.

O Rio Grande do Sul, onde se formaram boa parte dos fenômenos, é o primeiro da lista. Em seguida vem Santa Catarina, que também sentiu dos efeitos dos ciclones, e o Paraná.

Vídeo: Entenda como se comporta um ciclone extratropical

Entenda como se comporta um ciclone extratropical | CNN PRIME TIME

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