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    Brasileiro é finalista em concurso que elege os 50 melhores estudantes do mundo

    Morador do Rio de Janeiro, Lucas Tejedor, de 18 anos, está entre os finalistas do Global Student Prize 2022

    Nathalie Hanna Alpacada CNN , no Rio de Janeiro

    Aluno do último ano letivo do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ), Lucas Tejedor, 18 anos, é um dos 50 primeiros classificados do “Chegg.org Global Student Prize 2022”, uma competição anual que seleciona melhores estudantes do mundo.

    Entre os selecionados estão alunos que desenvolveram projetos voltados ao meio ambiente e ao combate à desigualdade social. O carioca foi selecionado entre quase 7.000 nomeações e candidaturas de 150 países e concorre a um prêmio de 100 mil dólares.

    No currículo de Lucas estão diversos projetos, como um aplicativo que foi utilizado na escola em que estuda para ajudar as pessoas a saberem onde reciclar o lixo eletrônico. Outro projeto elaborado pelo estudante está um drone com inteligência artificial que através de sensores pode identificar pequenos focos de incêndios.

    Recentemente, o jovem começou a desenvolver uma nova tecnologia baseada na Inteligência Artificial capaz de detectar vazamento de petróleo em redes de oleodutos. No campo social, Lucas criou uma plataforma em parceria com a organização Casa de Cáritas.

    O Ubuntu é um site que mostra onde encontrar as organizações sem fins lucrativos pelo país e ainda permite doação de produtos para a comunidade. A ferramenta mostra os itens disponíveis e os interessados podem solicitar o produto em troca de outro.

    Em entrevista à CNN, o estudante conta que ficou surpreso por estar entre os 50 selecionados e que seu objetivo é poder ajudar a população através de suas ideias.

    “Geralmente sou bem otimista, mas definitivamente não estava confiante de que seria selecionado. Minha maior motivação é ajudar o máximo de pessoas possível. Isso pode parecer um pouco genérico, mas não é quando você leva em consideração que eu tento fazer aquilo que eu vejo que vai ter o maior impacto. Isso ocorreu quando decidi averiguar o que as ONGs estavam precisando para que elas conseguissem fazer o trabalho delas de forma mais eficiente. Não importa o problema, se tiver como eu ajudar, eu vou fazer isso”, revela.

    Lucas Tejedor e as diversas medalhas conquistadas em competições estudantits / Lucas Tejedor/Arquivo Pessoal

    A veia empreendera de Lucas começou ainda na adolescência, quando decidiu, aos 12 anos abrir uma empresa em nome da avó para poder fazer cursos de administração de empresas e negócios oferecidos pelo portal do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ).

    O estudante acumula 17 prêmios, incluindo o primeiro lugar da Exposup, uma feira de tecnologia voltada para alunos da faculdade, mesmo ainda não tendo concluído o ensino médio.

    Para dar continuidade nos projetos, Lucas Tejedor sonha em estudar Direito. Ele acredita que por meio da advocacia conseguirá examinar leis e melhorá-las, tudo em prol da população.

    “Eu imagino que a entidade que mais impacta a sociedade é o governo. Então, se o governo faz as coisas de forma correta, a sociedade se beneficia muito. Se o governo está funcionando bem, como se colocasse as regras no jogo, as ONGs e empresas também funcionam. Meu objetivo com o Direito é muito simples: se eu conseguir, de alguma forma, analisar políticas públicas e ver se as medidas adotadas pelas leis têm alguma comprovação científica, eu consigo auxiliar muitas pessoas. Meu propósito é ajudar não só o Brasil, mas também os governos do mundo inteiro”, diz o estudante.

    Tejedor comenta que o prêmio é incrível porque vai fazer com que ele tenha mais notoriedade e, assim, consiga investir mais nos projetos. Caso ganhe o prêmio, ele pretende investir o dinheiro em novos projetos.

    “Eu criaria um servidor básico para auxiliar as ONGs, porque é um investimento baixo com alto resultado e, desta forma, conseguir ter acesso para milhões de ONGs. Eu guardaria uma parte e aplicaria em um investimento básico para que isso seja um capital ainda maior no futuro e com esse montante eu iria continuar ajudando a população. Pretendo investir em uma startup. Durante a faculdade eu pretendo, se possível, criar uma startup que consiga criar uma coisa e depois, com esse dinheiro, eu consegui alavancar esse meu desejo de ser consultor de políticas no mundo inteiro. É o meu objetivo, pelo menos. Também quero investir no drone da Amazônia para fiscalizar efetivamente as florestas”, acrescenta.

    * Sob supervisão de Isabelle Resende

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