Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Brasil tem ativo ambiental que não pode se tornar um problema, diz CEO da Cosan

    Raquel Landimda CNN

    O CEO do grupo Cosan, Luis Henrique Guimarães, disse ao CNN Líderes que o Brasil é dono de um ativo ambiental importante com a Amazônia e que essa questão não pode virar um problema. O desmatamento da floresta tem sido muito criticado internacionalmente e o país vem perdendo investimentos por causa disso.

    Assista a todos os episódios do CNN Líderes

    “O Brasil tem uma oportunidade histórica de ser uma potência verde desse novo mundo. Não podemos perder essa chance”, diz Guimarães, que comanda um conglomerado que nasceu como produtor de açúcar e etanol, mas hoje é dono de Raízen (combustíveis), Comgás (gás natural) e Rumo (transporte ferroviário).

    Para o executivo, um pequeno grupo de pessoas é responsável pelo desmatamento e acaba prejudicando a fama do país lá fora. Ele compara a situação com a sonegação de impostos, que também não é rara entre as empresas, porém traz um prejuízo importante ao país.

    “Temos que sair da disputa de quem está certo na questão ambiental – governo, ONGs ou empresários – e resolver o problema. Além de punir quem age errado”, completou.

    Guimarães acredita que o pior impacto da pandemia do coronavírus nos negócios da Cosan ficou para trás e ressalta a forte recuperação da geração de caixa das empresas do conglomerado no terceiro trimestre. Ele afirmou ainda que a flexibilidade das medidas de isolamento e o auxílio emergencial oferecido pelo governo turbinaram o consumo.

    O executivo reconhece, no entanto, que existe um risco de uma segunda onda da epidemia no país. Ele afirma que é possível combater a doença com “disciplina” e “protocolos sanitários” rígidos sem paralisar a atividade econômica. “O que não dá é para deixar de ter disciplina como temos vistos nos bares à noite”.

    Guimarães admite que a Cosan cogita adquirir as refinarias que devem ser vendidas em breve pela Petrobras, mas que só fechará negócio se fizer sentido econômico. Também ressalta que continua planejando abrir o capital das diferentes empresas do grupo, mas sem “pressão”, porque não precisa dos recursos.

    “Gostamos do modelo de dar ao investidor a opção de investir no ramo de negócio que mais lhe interessa”, diz. Recentemente a empresa cancelou o IPO da Compass,  porque avaliou que os preços oferecidos pelas ações não estavam atrativos. A Compass inclui os negócios de gás natural, incluindo a Comgás.