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    Brasil precisa sair da condição de problema e passar a ser solução, diz Barbalho sobre COP

    Em entrevista à CNN, governador do Pará também afirmou que é necessário reestruturar órgãos federais para que possam exercer papel de fiscalização

    Daniela LimaTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    Belém, capital do estado do Pará, pode receber uma das Cúpulas do Clima, evento organizado pelas Nações Unidas para debater a crise ambiental. Sobre isso, o governador Helder Barbalho afirmou à CNN que o Brasil deve se apresentar como solução.

    “O que temos que trabalhar de maneira rápida: mostrar que não estamos apenas recebendo este evento, mas queremos apresentar soluções e efetivamente demonstrar as transformações que o Brasil está realizando a partir destas iniciativas do governo federal e dos governos locais, e, consequentemente, o Brasil sair de condição de um problema e apresentar-se como solução”, pontuou.

    Ele também ressaltou que é necessário atrair o apoio de outros países para que haja investimento em conhecimento, ciência e tecnologia, possibilitando que a “floresta em pé” seja componente da economia, ou, como o governador classificou, uma “commodity global”.

    Reestruturação de órgãos

    Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os alertas de desmatamento em fevereiro deste ano aumentaram 62% em relação ao mesmo mês de 2022.

    O Pará, entretanto, foi o único dos nove estados que compõem a Amazônia Legal a ter redução neste índice, em 6%. Considerando os dois primeiros meses de 2023, essa queda é de 33%.

    Quanto ao combate ao desmatamento, Barbalho disse durante a entrevista que é fundamental que os órgãos de controle federais sejam reestruturados rapidamente para poder “exercer o papel fiscalizatório”.

    “O fundamental é que possamos construir ações que estejam simultâneas nos estados da Amazônia Legal para que, efetivamente, nas áreas de jurisdição federal, os órgãos de controle estejam agindo”, colocou.

    “Em paralelo a isso, os estados têm que cumprir e fazer seu dever de casa, com suas estruturas locais, para que possamos agir de maneira simultânea, combatendo toda e qualquer ilegalidade ambiental”, complementou.

    Além disso, o governador reforçou que é preciso iniciar a discussão de uma política nacional de transição do uso do solo e “correr com o crédito de carbono”.

    Por fim, ele também abordou o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considerando que é necessário valorizar a “retomada do diálogo”.

    “O Brasil voltou a conversar. Conversar pessoas que conciliam e que divergem o pensamento, mas o exercício do diálogo é um grande avanço”, afirmou.

    *Assista à entrevista completa no vídeo acima