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    Brasil deve buscar poderes permanentes no Conselho de Segurança da ONU, diz diplomata

    Em entrevista à CNN, ex-embaixador brasileiro em Washington Rubens Barbosa apontou possibilidades do novo mandato temporário do país no órgão das Nações Unidas

    Bel CamposRicardo Gouveiada CNN , em São Paulo

    A partir de 1º de janeiro, o Brasil volta a ocupar uma das vagas rotativas do Conselho de Segurança da ONU.

    Neste próximo período, o governo brasileiro pode alcançar uma participação definitiva no órgão com poderes de veto.

    “Uma das hipóteses é a ampliação de membros permanentes, que hoje são só cinco”, avaliou o ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa.

    “Brasil, Japão, Índia e Alemanha estão brigando para, além de votar, obter o poder de veto”, explica Barbosa.

    O diplomata, no entanto, acredita que o desafio de conquistar força no Conselho de Segurança da ONU se tornou mais difícil nos últimos anos.

    Rubens Barbosa considera que diversas entidades internacionais vivem uma crise do multilateralismo e afirma que as potências não querem abrir mão de poder.

    “O Brasil vai entrar numa dessas vagas temporárias do Conselho num momento em que a ONU está esvaziada”, analisa o diplomata.

    “Sobretudo durante o governo de Donald Trump, os Estados Unidos impuseram sua política e não houve possibilidade de fluência dos outros países.”

    O Brasil vai ocupar a vaga rotativa no Conselho de Segurança das Nações Unidas até o fim de 2023.

    Apesar de ser, junto com o Japão, o país que mais atuou temporariamente no grupo, o Brasil não desempenhava essa função há uma década.

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