Bolsonaro cobra de laboratórios documentos para aprovar vacina
Com população de 210 milhões, os laboratórios deveriam procurar a Anvisa para aprovar a vacina no Brasil, afirma presidente
O presidente Jair Bolsonaro voltou a cobrar nesta segunda-feira (28) os laboratórios produtores da vacina contra a Covid-19 a procurarem a Anvisa para buscar a aprovação do imunizante no Brasil.
“Alguns falam que eu deveria estar correndo atrás da vacina, mas o mercado consumidor aqui é de 210 milhões de pessoas. O natural é que o laboratório que produz a vacina procure a Anvisa e apresente a documentação para aprovar o medicamento aqui”, disse o presidente após participar de uma partida beneficente na Vila Belmiro, em Santos, litoral paulista.
“Não acho que o Pazuello vai comprar algo que não tenha sinalização da Anvisa. Não vou fazer como um cara de São Paulo que diz que comprar é uma coisa e aplicar é outra”, afirmou em referência ao governador paulista, João Doria.
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Bolsonaro voltou a questionar uma cláusula do contrato da Pfizer que diz que o laboratório não se responsabiliza pelos efeitos colaterais do medicamento. Disse que se a empresa não vai se responsabilizar, ele também não vai.
“O contrato com a Pfizer diz que a empresa não vai se responsabilizar por efeitos colaterais da vacina. Querem que eu seja o responsável? Se o laboratório não se responsabilizar, eu vou me responsabilizar?”
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concede coletiva de imprensa após partida beneficente (28.dec.2020)
Foto: CNN Brasil
Questionado sobre como será o processo de vacinação no Brasil após a aprovação da primeira vacina pela Anvisa, Bolsonaro reiterou sua vontade de exigir a assinatura de um termo de responsabilidade ao ser vacinado e disse que pretende expor os riscos do medicamento em uma campanha oficial do governo federal, a ser lançada.
“Não posso fazer uma campanha de vacinação sem mostrar os riscos da vacina. Quero também um termo de responsabilidade ao aplicar o medicamento, especialmente sobre porque que não sabemos seus riscos. Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão,” disse o presidente.