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    Blumenau teve 34% de índice de faltas na volta às aulas após ataque, diz prefeito

    Atividades escolares foram retomadas na última segunda-feira, quase duas semanas após a invasão a uma creche em que quatro crianças foram mortas

    Luciana Amaralda CNN

    O prefeito de Blumenau (SC), Mário Hildebrandt, afirmou nesta quinta-feira (20) que o índice de faltas na cidade foi de até 34% no retorno às aulas da rede municipal após o ataque a uma creche na cidade no dia 5 deste mês. Quatro crianças foram mortas na ocasião.

    As aulas foram retomadas na segunda-feira (17). Nos dias seguintes, os índices de ausências foram de 30% e 17,8%, respectivamente.

    A informação foi dada durante audiência pública da Comissão de Educação do Senado, na qual Hildebrandt foi um dos convidados. O objetivo foi debater propostas para melhorar a segurança escolar e a prevenção a ataques contra instituições de ensino.

    A rede municipal conta com 39,604 alunos e abrange desde a educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental. Blumenau tem cerca de 366 mil habitantes.

    Uma semana de férias de julho foi transferida para a semana passada com o objetivo de que houvesse mais tempo para a prefeitura reforçar medidas de segurança, tranquilizar alunos e professores, além de preparar diretores.

    Na audiência, Mário Hildebrandt disse que o governo local tinha previsto R$ 145 milhões em investimentos relacionados a escolas em Blumenau até 2024. Desse montante, R$ 30 milhões devem ser aplicados neste primeiro ano.

    Ele citou algumas ações que foram tomadas após o ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em 5 de abril. São elas a elaboração de um plano de contingência, o reforço de equipes multiprofissionais, a revisão do muramento e cercamento em 128 unidades educacionais, das quais 24 estão em obras, a previsão de instalação de câmeras e botões de pânico interligados à polícia militar e o aumento de agentes de segurança armados em 150 pontos.

    O presidente da comissão, senador Flávio Arns (PSB-PR), disse que promoverá mais audiências públicas e, ao final, haverá um documento que dê base a um projeto de lei sobre combate à violência nas escolas.

    “Ou seja, tudo o que for falado servirá como subsídio para a elaboração do projeto de lei.”

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