Bebê de 4 meses está entre vítimas de ciclone no Rio Grande do Sul
Defesa Civil informa que não houve alteração no número de mortos e desaparecidos; após a catástrofe, 2.330 pessoas estão desabrigadas e 602 desalojadas no estado
Um bebê de quatro meses está entre as 13 vítimas do ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul. Ele teria morrido por não ter sido socorrido a tempo para uma unidade de saúde, por causa do isolamento territorial criado pelos alagamentos. A informação foi apurada com a Defesa Civil pelo jornalista da CNN Vital Neto.
Além do bebê, um adolescente de 14 anos também foi vitimado na catástrofe após ser arrastado pelas águas.
Do total de mortos, seis pessoas eram idosas, dos 60 aos 92 anos de idade. As mortes tiveram causas diversas, de afogamento, queda de telhados e outras estruturas a até choque elétrico.
Os óbitos foram registrados em Maquiné, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caraá, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, Esteio e Gravataí.
Quatro pessoas seguem desaparecidas após as fortes chuvas.
A Defesa Civil ainda informou, no sábado (17), que há 2.330 pessoas desabrigadas e 602 desalojadas em diversas cidades do Rio Grande do Sul após a passagem do ciclone.
Ao todo, 41 municípios recebem atendimentos. A prioridade neste momento é atender os moradores ilhados na região metropolitana de Porto Alegre, especialmente no Vale dos Sinos, e no litoral norte.
Mais de 2.400 pessoas precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços inundados, ilhados ou em risco.
Segundo a corporação, já foram atendidas mais de 1.500 ocorrências, com efetivo de 440 bombeiros voltados exclusivamente a esse tipo de operação.
Foram registrados deslizamentos, enxurradas, inundações e quedas de pontes, além outras ocorrências que dificultam o acesso a áreas atingidas. Algumas estruturas foram interditadas por risco de colapso.
A Defesa Civil emitiu alerta para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos Gravataí e Guaíba. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.
Mais de 120 mil residências estavam sem fornecimento de energia elétrica até as 9h do sábado, segundo a CEEE-Equatorial, responsável pelo serviço. Do total, 100 mil estão na Grande Porto Alegre e 20 mil no litoral norte.
*Publicado por Pedro Jordão, com informações de Vital Neto, da CNN
