Baronovsky: Cancelamento do Carnaval do ano que vem é “prudente e precavido”
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (24), o comentarista Ricardo Baronovsky falou sobre a realização da folia de 2022 diante da explosão de casos de sintomas gripais
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (24), o comentarista Ricardo Baronovsky falou que o cancelamento da festa de Carnaval em 2022 seria “prudente e precavido”, em concordância ao que deve reger a saúde pública.
Com o avanço da variante Ômicron do novo coronavírus e do novo surto de gripe Influenza, diversos setores têm se movimentado para reavaliar operações do início do ano que vem.
O governo da Bahia, capitaneado por Rui Costa (PT), por exemplo, optou por cancelar a festa de Carnaval de 2022 na manhã da última quinta-feira (23). Em entrevista à CNN, o governador disse que realizar a folia “seria irresponsável”, considerando que houve, de novembro para dezembro, um salto de 50% no número de pacientes de Covid-19 em leitos hospitalares.
A Prefeitura de São Paulo também anunciou o cancelamento de 24 blocos de rua por causa da explosão de casos de sintomas gripais.
Baronovsky considera o movimento alinhado aos princípios de precaução e prudência.
“Estamos em um bom momento, mas se trata de uma doença muito grave e incerta. Precisamos ter memória. O que aconteceu em outubro de 2020 foi que os números também estavam favoráveis e que a notícia era de que ‘a pandemia estava sob controle’. Eis que surge o repique em 2021 como a pior onda que já tivemos. O país não merece uma quarta onda”, disse.
O comentarista ainda salientou o baque da pandemia no setor econômico. Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), mais da metade das empresas do país está endividada.
“Ainda que o Carnaval gere milhares de empregos diretos e indiretos, quem pagará a conta de uma eventual quarta onda é o comércio e os trabalhadores”, disse Baronovsky.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
*Sob supervisão de Daniel Fernandes.