Balões de 10 metros e explosivos são apreendidos no Rio de Janeiro
Somente este ano, já são oito denúncias encaminhadas ao Disque Denúncia, que tem visto os relatos sobre essa prática criminosa crescerem
O comando de Polícia Ambiental apreendeu três balões de aproximadamente 10 metros na manhã desta segunda-feira (26), em Inhoaíba, na zona Oeste do Rio de Janeiro, além de farto material para confecção, como folhas de papel fino, um rolo de fio de nylon e um tubo de cola branca, e 37 artefatos de explosivos. A operação foi para verificar uma informação que tinha sido encaminhada pelo programa Linha Verde, do Disque Denúncia.
O responsável foi encaminhado à Delegacia de Campo Grande (35ª DP), onde a ocorrência foi registrada.
Somente este ano, já são oito denúncias encaminhadas ao setor, que tem visto os relatos sobre essa prática criminosa crescerem. Em 2023, 116 ligações davam informações sobre a soltura de balões. O número é quase 70% maior do que o computado no ano anterior, quando foram 69 registros.
A capital fluminense liderou as denúncias desse tipo, com 62 chamados, mais da metade do total registrado no ano passado. O Rio de Janeiro foi seguido por São Gonçalo, na Região Metropolitana, com 13 alertas, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com 10.
Também em 2023, as denúncias deram origem a apreensão de 315 balões no estado. A maior parte nos meses de junho, julho e agosto, por conta das comemorações típicas dessa época do ano.
Soltar balões é crime e a pena pode chegar a 3 anos de prisão. A multa para quem fabrica, vende, transporta e solta é a partir de R$ 10 mil.
Incidente em aeroporto
No domingo (25), outro balão foi ‘abatido’ antes de cair no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, também na zona norte da cidade. O incidente trouxe impactos nas operações, mas pelo menos um voo atrasou, segundo a concessionária RIOGaleão, que administra o aeroporto.
No entanto, a história poderia acabar de forma diferente. Segundo o coordenador do Disque Denúncia, Renato Almeida, o risco de soltar balões é muito grande. “O apelo vai para a população fluminense, para que denuncie os locais de produção, armazenamento e comercialização de balões. O balão, após a soltura, passa a ser um lança-chamas à deriva. Ele perde o controle e nós temos grandes áreas de floresta no estado, assim como residências, aeroportos e refinarias. É um grande perigo pra população”, explica Almeida.