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    Ataque em escola de SP: polícia tenta localizar pessoas que teriam incentivado atirador

    Segundo apuração da CNN, o autor do crime teria compartilhado um áudio no Discord enquanto realizava o ataque

    Marcos GuedesGiovanna Bronzeda CNN , Em São Paulo

    A Polícia Civil de São Paulo tenta localizar quatro participantes da plataforma Discord que saberiam do ataque e teriam incentivado o aluno que atirou contra estudantes na Escola Estadual de Sapopemba, em São Paulo, na última segunda-feira (23). As informações foram confirmadas para a CNN por fontes ligadas à investigação.

    Segundo apuração da CNN, o jovem teria compartilhado um áudio no Discord enquanto realizava o ataque. Ele seria membro de uma comunidade que contabiliza pontos por feitos geralmente relacionados a automutilação e incentivo à prática de crimes. Antes do ataque à escola, o adolescente já havia “somado” pontos por cortar o corpo desenhando uma suástica.

    Vídeo: Ataque em escola de SP deixa ao menos um morto e três feridos

    A CNN questionou o Discord sobre o acompanhamento dessas comunidades. A empresa informou que está “cooperando com as autoridades” sobre esse caso e que possui “políticas rigorosas contra atividades que promovam violência e ódio”.

    Durante o depoimento, o adolescente confirmou que seria vítima de homofobia e que queria atacar as pessoas que praticaram bullying contra ele, mas acabou atacando pessoas aleatórias da escola.

    O pai do jovem ainda não prestou depoimento, mas deve ser ouvido nesta quarta-feira (25). De acordo com o que informaram fontes da investigação à CNN, a arma que o adolescente utilizou para matar uma estudante e ferir outras duas era do pai dele.

    A Polícia Civil de São Paulo também investiga o vazamento das imagens da escola, que teriam sido compartilhadas nas redes sociais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Delegacia de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do DEIC, investiga e tenta identificar o responsável por ter repassado as imagens. Ainda segundo a SSP, “detalhes não serão passados para não atrapalhar as investigações”.

    Outro lado

    Procurada pela CNN, a assessoria do Discord no Brasil respondeu em nota:

    “Estamos cientes do trágico ataque que ocorreu na escola em Sapopemba, em São Paulo, e temos cooperado com as autoridades, assim como fizemos desde o início deste ano para outras investigações, como na Operação Escola Segura.

    Temos políticas rigorosas contra atividades que promovam violência e ódio, incluindo “não ameaçar ou prejudicar outro indivíduo ou grupo de pessoas”. Quando tomamos conhecimento de conteúdo ou comportamento potencialmente prejudiciais, investigamos e tomamos as devidas medidas, incluindo: remover conteúdo, banir usuários e desativar servidores. Estamos comprometidos em cooperar com as autoridades locais para proporcionar um ambiente positivo e seguro para nossos usuários no Brasil.

    É importante ressaltar que o Discord é amplamente utilizado pelas pessoas para ter interações positivas e para se reunir com amigos. No Brasil, 99% dos usuários de Discord não violaram nossas políticas nos últimos 6 meses.”

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