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    Área de mina em Maceió está estabilizada e eventual afundamento deve ser “localizado”, diz ministério

    Relatório produzido por Minas e Energia afirma que a velocidade do afundamento de terra na quinta-feira (30) era de 50 cm e passou atualmente para 15 cm por dia

    João Rosada CNN

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    Um relatório do Ministério de Minas e Energia (MME) aponta que a área da mina da Braskem em Maceió, Alagoas, está estabilizada e um eventual afundamento do solo deve ser pontual.

    “A expectativa dos especialistas, neste momento, é que, se houver desmoronamento, ocorrerá de forma localizada e não generalizada”, diz o documento.

    A conclusão é do comitê de crise criado pelo ministério para monitorar a região. O relatório leva em consideração levantamentos feitos entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro.

    O ministério criou uma Sala de Situação para gerenciar as ações relacionadas às instabilidades geológicas na região. A equipe é composta por representantes da pasta, do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM).

    O relatório também afirma que a velocidade do afundamento de terra, que chegou a ser de 50 cm, baixou para 15 cm por dia. Ressalta, no entanto, que ainda se trata de uma velocidade elevada ao se comparar com o parâmetro anterior: 20 centímetros por ano.

    Uma das grandes preocupações diante da situação tem sido a Lagoa Mundaú. Mas o relatório afirma que nos últimos dias não houve alteração expressiva no nível da lagoa. Com isso, embora exista, o risco de contaminação é considerado baixo, neste momento.

    “Não se observa alteração expressiva do nível da lagoa. Entende-se haver baixo risco de contaminação da lagoa”, constata.

    O documento destaca, por fim, que há sensores instalados ao redor de toda a área. Isso permite o monitoramento em tempo real da região.

    A Defesa Civil informou que, só neste domingo (3), até às 17h, a mina da Braskem afundou cerca de 1,70 metro. A média é de cerca de 0,3 centímetro por hora.

    Afundamento do solo

    De acordo com a prefeitura, a “instabilidade do solo foi provocada pela atividade de mineração da Braskem em 35 minas na região”. A gestão municipal informa que “até 2019, a empresa fazia extração inadequada de sal-gema”. Esse material é utilizado pela indústria química para fabricação de soda cáustica e PVC.

    Já governo de Alagoas ressalta que cinco abalos sísmicos foram registrados na região somente neste mês de novembro. O desabamento da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras na região, além de provocar um efeito cascata em outras minas. Todo a região ao redor da mina precisou ser evacuada.

    O que diz a Braskem

    Em nota, a Braskem informou que a situação vem se intensificando e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto.

    A empresa reforçou ainda que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes.

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