Área de mina em Maceió está estabilizada e eventual afundamento deve ser “localizado”, diz ministério
Relatório produzido por Minas e Energia afirma que a velocidade do afundamento de terra na quinta-feira (30) era de 50 cm e passou atualmente para 15 cm por dia
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Imagem aérea da região da mina 18 da Braskem, em Maceió, que apresenta risco iminente de colapso
Crédito: Reprodução/CNN - 2 de 19
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Área com risco de colapso próxima a uma mina da Braskem em Maceió
Crédito: Deriky Pereira/Ufal - 16 de 19
Aviso emitido pela Defesa Civil de Maceió via SMS por causa do risco de colapso em uma mina da Braskem
Crédito: Guido Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo - 29.nov.2023 - 17 de 19
Área interditada pela Defesa Civil em Maceió por causa do risco de colapso em uma mina da Braskem
Crédito: Guido Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo - 29.nov.2023 - 18 de 19
Área de risco no antigo campo do CSA, em Maceió, onde uma mina da Braskem está em risco de colapso
Crédito: Guido Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo - 29.nov.2023 - 19 de 19
Região do Mutange, em Maceió, onde uma mina da Braskem está em processo acelerado de colapso
Crédito: Guido Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo - 29.nov.2023
Um relatório do Ministério de Minas e Energia (MME) aponta que a área da mina da Braskem em Maceió, Alagoas, está estabilizada e um eventual afundamento do solo deve ser pontual.
“A expectativa dos especialistas, neste momento, é que, se houver desmoronamento, ocorrerá de forma localizada e não generalizada”, diz o documento.
A conclusão é do comitê de crise criado pelo ministério para monitorar a região. O relatório leva em consideração levantamentos feitos entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro.
O ministério criou uma Sala de Situação para gerenciar as ações relacionadas às instabilidades geológicas na região. A equipe é composta por representantes da pasta, do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM).
O relatório também afirma que a velocidade do afundamento de terra, que chegou a ser de 50 cm, baixou para 15 cm por dia. Ressalta, no entanto, que ainda se trata de uma velocidade elevada ao se comparar com o parâmetro anterior: 20 centímetros por ano.
Uma das grandes preocupações diante da situação tem sido a Lagoa Mundaú. Mas o relatório afirma que nos últimos dias não houve alteração expressiva no nível da lagoa. Com isso, embora exista, o risco de contaminação é considerado baixo, neste momento.
“Não se observa alteração expressiva do nível da lagoa. Entende-se haver baixo risco de contaminação da lagoa”, constata.
O documento destaca, por fim, que há sensores instalados ao redor de toda a área. Isso permite o monitoramento em tempo real da região.
A Defesa Civil informou que, só neste domingo (3), até às 17h, a mina da Braskem afundou cerca de 1,70 metro. A média é de cerca de 0,3 centímetro por hora.
Afundamento do solo
De acordo com a prefeitura, a “instabilidade do solo foi provocada pela atividade de mineração da Braskem em 35 minas na região”. A gestão municipal informa que “até 2019, a empresa fazia extração inadequada de sal-gema”. Esse material é utilizado pela indústria química para fabricação de soda cáustica e PVC.
Já governo de Alagoas ressalta que cinco abalos sísmicos foram registrados na região somente neste mês de novembro. O desabamento da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras na região, além de provocar um efeito cascata em outras minas. Todo a região ao redor da mina precisou ser evacuada.
O que diz a Braskem
Em nota, a Braskem informou que a situação vem se intensificando e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto.
A empresa reforçou ainda que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes.