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    Aras agenda ida ao Pará para acompanhar investigação sobre morte de menina ianomâmi

    Procuradoria afirma que atua para garantir recursos e medidas necessárias para viabilizar o trabalho de apuração

    Basília Rodrigues

    O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu ir ao Pará nesta sexta-feira (6) para se reunir com a equipe de procuradores responsáveis pela investigação dos ataques à comunidade ianomâmi, que ganharam relevância nacional após o relato de um líder indígena sobre uma menina do grupo, que teria sido estuprada e morta por garimpeiros da região.

    Aras e os investigadores tem reunião agendada para 15h, na sede do Ministério Público Federal (MPF), do Pará.

    De acordo com integrantes da equipe, o assunto é acompanhado com atenção, principalmente após a destruição da aldeia Arakaça, onde a menina moraria, na Região do Waikás, na Reserva Indígena ianomâmi, em Roraima.

    O caso é apurado em um inquérito na primeira instância, pelo Ministério Público e Polícia Federal. Em nota divulgada nesta tarde, a procuradoria afirma que apoia a investigação sobre “a suspeita de crimes” e o “desaparecimento da comunidade”. No texto, Aras declara que “esclarecer o que realmente aconteceu nesse caso é uma prioridade para o MPF. Todas as providências estão sendo adotadas para que, não só os indígenas, mas toda a a sociedade receba essas respostas”, afirma Augusto Aras.

    A Procuradoria afirma que atua para garantir recursos e medidas necessárias para viabilizar o trabalho de apuração, e aponta para a complexidade do trabalho devido à localização remota, dificuldade de acesso e características culturais da etnia.

    Um dos braços da PGR é a Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais, que também acompanha a situação.

    “Diante da gravidade dos relatos, dois dias após a veiculação da denúncia em redes sociais, um representante do MPF participou de diligências no território”, afirma a procuradoria.

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