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    Após tragédias, hotéis do Centro de Petrópolis têm 25% de ocupação para o Carnaval

    Número costuma superar os 90%, mas setor tem encontrado resistência dos turistas por conta da lembrança das enchentes que afetaram a cidade

    Stéfano Sallesda CNN , No Rio de Janeiro

    Petrópolis ainda tenta se recuperar das duas enchentes deste ano, que castigaram o Centro Histórico e deixaram um saldo de 241 mortos, situação que se reflete no turismo. A taxa de ocupação nos hotéis da região, que costuma superar os 90% durante o Carnaval e o Réveillon, ainda está nos 25%. A projeção mais otimista, do Sindicato de Meio de Hospedagem e Restaurantes (SindiPetrópolis), é de que alcance 50%.

    As imagens de lama espalhada pelas ruas, áreas alagadas, lojas e ônibus submersos e de desmoronamento de casas e encostas fazem parte do passado, embora tenham ficado retidas nas memórias de todos que testemunharam as tragédias. Essa é justamente uma preocupação de Germano Valente, presidente do SindiPetrópolis, para o futuro do setor na Cidade Imperial.

    Por mais que a cidade esteja se recuperando, esteja limpa, com pontos turísticos funcionando, hotéis, bares e restaurantes abertos, as pessoas ainda ligam muito a cidade às imagens das chuvas. Entendemos que o turismo de lazer vai demorar a se recuperar, e isso afeta muito a cidade. O turismo movimenta o comércio, e o petropolitano se empobreceu. Muita gente foi demitida, perdeu tudo, e quem não perdeu está ajudando quem perdeu. O PIB de Petrópolis caiu muito, e isso se reflete em todos os setores.

    Germano Valente, presidente do SindiPetrópolis

     

    Depois das primeiras chuvas, em 15 de fevereiro, que deixaram 234 mortos, um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) cidade da Região Serrana perdeu ao menos R$ 665 milhões.

    No mesmo período, o economista Riley Rodrigues, assessor da Secretaria de Estado de Casa Civil, estimara que o custo da primeira tragédia na cidade superaria R$ 2 bilhões. Os dados não foram atualizados desde então.

    Germano Valente destaca que o sindicato representa 117 meios de hospedagens, com 2.349 quartos e cerca de 300 bares e restaurantes. Segundo o órgão, ainda não há um número final apurado, mas as enchentes não chegaram a fechar 10% dos estabelecimentos, mas afetaram especialmente os bares.

     

    “Os hotéis são pesados investimentos de infraestrutura, que sofrem menos. Podem ter ficado sujos, perdido um pouco de mobiliário e estoque, o que foi prontamente resolvido. A situação dos bares e restaurantes é diferente, eles são mais vulneráveis”, pondera.

    Fora do Centro Histórico, a ocupação dos estabelecimentos é boa e deve superar os 90%. Principalmente no distrito de Itaipava, a cerca de 15 quilômetros do epicentro das tragédias.

    O número é impulsionado pelo segundo e último fim de semana do “Rock the Mountain”, que contará com apresentações de nomes como Caetano Veloso, Gal Costa, Alceu Valença, Criolo, Djonga e Black Alien.

     

     

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