Após morte de médicos, governo federal e do RJ reforçam cooperação contra crime
Secretário executivo do Ministério da Justiça diz que assassinato de três médicos no Rio é consequência do avanço do crime organizado
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou à CNN que o governo federal vai reforçar as ações de segurança pública em conjunto com o governo do Rio de Janeiro. Segundo ele, o assassinato de três médicos na orla da Barra da Tijuca nesta quinta-feira (5) é consequência do avanço do crime organizado.
Cappelli, no entanto, ressalta que a situação está longe de ser problema exclusivo do Rio de Janeiro. Por isso a necessidade de adotar a mesma postura com os governos de outros estados, que também enfrentam facções.
“O governo federal vai cooperar com os estados. Não há solução mágica, nem super-homem. Não vamos vencer organização criminosa sem iniciativa de todos”, enfatizou.
Cappelli cumpre agendas no Rio de Janeiro ao longo desta nesta sexta-feira (6). No início da tarde, tem encontro com o governador Cláudio Castro para afinar a cooperação da Polícia Federal com Polícia Civil fluminense sobre a morte dos médicos.
Outro tema da reunião será operação contra o crime organizado na região da Maré. O governo federal tem colaborado com a atuação da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da diretoria de inteligência do Ministério da Justiça.
“O governo federal não vai resolver o combate ao crime de cima para baixo ou passando por cima dos estados. O país é um território continental, dizer que vai resolver sozinho não me parece razoável”, disse.
Outro encontro do secretário executivo do MJ será com o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouveia, que manifestou desejo de colaborar com ações para segurança pública.