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    Após decisão de Moraes, CEO do Telegram pede desculpas ao STF por “negligência”

    Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens no Brasil

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    O fundador e CEO do Telegram, o russo Pavel Durov, se pronunciou nesta sexta-feira (18) sobre o bloqueio da plataforma no Brasil. Durov utilizou seu canal no Telegram para desculpar-se com o Supremo Tribunal Federal (STF) por “negligência” em falhas de comunicação.

    “Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder. Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”, escreveu o CEO.

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram em todo o Brasil.

    A decisão foi assinada na quinta-feira (17) e divulgada na sexta-feira (18). Após pedido da Polícia Federal (PF), Moraes determinou que as plataformas digitais e provedores de internet adotem ações para inviabilizar o funcionamento do aplicativo.

    Pavel Durov explicou que a empresa já havia cumprido uma decisão judicial  no final de fevereiro, onde o Telegram respondeu com uma sugestão de enviar futuras solicitações de remoção para um  determinado endereço de e-mail.

    “Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco. Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento”, escreveu.

    “Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal”, acrescentou Durov.

    “Peço ao Tribunal que considere adiar sua decisão em alguns dias”

    Durov ressaltou que o Telegram é utilizado por milhões de brasileiros “para se comunicar com seus familiares, amigos e colegas”, e pediu ao Supremo que considere adiar a medida.

    “Como dezenas de milhões de brasileiros contam com o Telegram para se comunicar com familiares, amigos e colegas, peço ao Tribunal que considere adiar sua decisão por alguns dias, a seu critério, para nos permitir remediar a situação nomeando um representante no Brasil e estabelecendo uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes como esta de maneira acelerada”.

    O fundador da plataforma, em seu pronunciamento, ainda garantiu a remoção de canais públicos ilegais. Durov destacou que as últimas três semanas – devido à guerra na Ucrânia –  foram inéditas para o mundo e para o aplicativo, que foi “inundado” com solicitações de várias partes.

    “No entanto, tenho certeza de que, uma vez estabelecido um canal confiável de comunicação, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos ilegais no Brasil”.

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