Após apagão em SP, Tarcísio e Nunes formulam plano de contingência para eventos extremos
Prefeito da capital disse que "não está satisfeito" com resposta à chuva de sexta-feira (3); governador informou que órgãos atuarão de forma coordenada
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), se reuniram nesta segunda-feira (6) com representantes de distribuidoras de energia e outras autoridades para formular um plano de contingência para eventos extremos.
A medida foi anunciada em coletiva de imprensa. Desde sexta-feira (3), milhões de pessoas ficaram sem energia no estado após um temporal.
Na região metropolitana, onde a responsabilidade pela distribuição é da Enel, 300 mil imóveis seguem sem luz, segundo o governador. O prazo para restabelecimento é nesta terça (7).
Plano de contingenciamento
Tarcísio de Freitas informou que, no encontro, ficou definida uma coordenação entre Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, prefeituras e distribuidoras de energia para eventuais “eventos extremos” que ocorram no estado.
Segundo o prefeito de São Paulo, a reunião demonstra que as autoridades locais “não estão contentes com a resposta que foi dada” para a crise atual.
“Precisamos nos preparar para situações desse tipo. As concessionárias têm a obrigação de se preparar”, disse Nunes.
A Enel alega que essa foi a primeira vez que teve de lidar com um “acontecimento climático desse tamanho”. A companhia foi notificada nesta segunda-feira (6) pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
O emedebista afirmou também que, nas três horas de ponderações, houve a conclusão de que o “nível de responsabilização precisa aumentar à medida em que as mudanças climáticas se intensificam”, o que foi definido nesse plano de contingência.
Apagão em SP
No final de semana, 3,7 milhões de pessoas chegaram a ficar sem luz no estado. Tarcísio disse à CNN no sábado (4) que a interrupção causou também falta de água.
Moradores do estado relataram à CNN diversos episódios, da perda de alimentos às dificuldades para trabalhar, desde o temporal. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontou que 49% desses estabelecimentos tiveram prejuízos de leve a moderados pela situação.