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    Apagão em cidades de RJ e MG não tem relação com crise hídrica, diz ONS

    Falha técnica na linha de transmissão de Furnas provocou a interrupção do fornecimento de energia por pouco mais de uma hora

    Isabelle Resendeda CNN , no Rio de Janeiro

    O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) garantiu que a falta de energia em cidades dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, na noite de sábado (18), não teve relação com a crise hídrica no país. De acordo com Furnas, uma falha na Subestação de Rocha Leão, localizada no município de Rio das Ostras, Região dos Lagos fluminense, provocou o desligamento do sistema por pouco mais de uma hora.

    O problema na linha de transmissão aconteceu às 21h21, e o fornecimento para a distribuidora de energia foi restabelecido às 22h32. A empresa responsável pela geração de energia às distribuidoras ainda analisa as causas do apagão.

    De acordo com o sistema de supervisão do Operador, houve interrupção de 696 MW na carga. Às 22h32, o abastecimento estava 100% normalizado. O ONS vai avaliar as causas da ocorrência e ressaltou que o episódio não tem relação com a falta de chuvas no país.

    O episódio foi relatado por diversos moradores através das redes sociais. Em algumas regiões, moradores chegaram a ficar uma hora e meia sem energia.

    A Enel Rio, concessionária responsável pela distribuição de energia para 66 municípios do estado do Rio de Janeiro, informou que o problema atingiu parte da Região dos Lagos, Macaé, Cantagalo e Teresópolis. E que o fornecimento foi normalizado para todos os clientes às 22h32.

    Em nota, a concessionária Energisa, responsável pelo fornecimento de energia para seis cidades do Rio e outras 66 do estado de Minas Gerais, informou que a situação que impactou a cidade Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, e outros 60 municípios da concessão de Minas Gerais, e que o fornecimento foi restabelecido de forma gradativa.

    Para reduzir os riscos de interrupção de energia em áreas consideradas problemáticas, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está organizando um leilão de reserva de capacidade energética, que está previsto para acontecer no dia 21 de dezembro. De acordo com a EPE, foram inscritos 132 projetos que, somados, podem adicionar 50,6 mil megawatts de potência ao Sistema Interligado Nacional.

    A informação foi anunciada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, sediada no Rio de Janeiro.

    O total oferecido seria suficiente para abastecer mais de 50 milhões de residências. O principal combustível escolhido pelas empresas que apresentaram projetos para a geração termelétrica foi o gás natural, responsável por 47 mil megawwatts, ou 92% do total proposto. O combustível é seguido pelo carvão mineral (1,4 mil mw), pelos óleos combustível (1,2 mil) e pelo diesel (568 mw).

    O total ofertado não será, necessariamente, contratado pelo governo. Isto porque as empresas proponentes ainda precisam passar pela análise do Ministério para habilitação. O anúncio das aprovadas nessa etapa será realizada no dia 6 de dezembro. Além disto, a pasta ainda não definiu a demanda que será contratada no leilão.

    A quantidade de energia contratada será definida pelo Ministério de Minas e Energia, com base em estudos técnicos conduzidos pela EPE e pelo Observatório Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A iniciativa procura atender o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2030), publicado em agosto de 2020.

    Com informações de Anna Gabriela Costa

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